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Caso da UPA sai da Delegacia de Proteção dos Animais

25 de agosto de 2013
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A delegada Rosana Mortari foi afastada do caso (Foto: Cedoc/RAC)
A delegada Rosana Mortari foi afastada do caso (Foto: Cedoc/RAC)

O comando da Polícia Civil de Campinas tirou do Setor de Proteção aos Animais e Meio Ambiente a investigação da organização não-governamental (ONG) União Protetora dos Animais (UPA), de Campinas (SP), por maus-tratos de cães.

A delegada Rosana Mortari foi afastada do caso com base em uma portaria de 1983 que determina que a Delegacia Seccional investigue crimes que envolvam “mandatários populares”.

A UPA foi fundada pelo deputado estadual Feliciano Nahimy Filho (PEN) e é presidida pelo vereador César Rocha (PV). A delegada Iara Eli Marques, responsável pelo cartório da Polícia Judiciária, assumiu o inquérito.

Na quinta-feira (22), a Secretaria Municipal do Verde e Desenvolvimento Sustentável multou a entidade em R$ 45 mil por quatro irregularidades ambientais observadas durante fiscalização no abrigo da entidade, no Jardim Califórnia, na semana passada.

A ação ocorreu depois de agentes da Polícia Civil encontrarem pelo menos 10 animais em situação grave de saúde no local, além de cinco filhotes mortos acondicionados em uma geladeira desligada, ao lado de uma sacola com carne moída estragada.

Na ocasião, Feliciano afirmou que a investigação era uma “ação política”. A delegada Rosana, que tentou se eleger vereadora em Campinas nas eleições municipais do ano passado, negou a acusação e afirmou que o setor recebeu várias denúncias anônimas em relação a situação dos animais.

Nesta sexta-feira (23), o deputado disse ao Correio que agora a investigação será “isenta” . “Acredito que agora a investigação terá mais isenção e seriedade” , disse Feliciano. O Correio tentou entrar em contato com a delegada Rosana, mas não obteve retorno.

Multas

O secretário do Verde, Rogério Menezes, explicou que a UPA foi autuada por ter instalações em área de preservação permanente (APP), por jogar entulho e lixo doméstico, além de esgoto in natura, em um córrego a poucos metros do abrigo e por promover queimadas de lixo em meio à vegetação.

De acordo com o chefe da pasta, as irregularidades causam assoreamento do riacho, além de colocar em risco a floresta da área. A entidade terá 20 dias para apresentar um recurso em relação às penalidades.

“Mas, de qualquer forma, a UPA terá que apresentar um plano de recuperação para a área. Mesmo com o recurso, vai ser assinado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para que eles possam reflorestar o local” , disse. Ainda de acordo com Menezes, a ONG foi notificada por não ter autorização para utilizar o poço de água que abastecia o abrigo.

Fonte: Correio Popular

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