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Banco de sangue do Hospital Veterinário da USP procura gatos doadores

21 de agosto de 2013
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Se angariar doadores de sangue humano já é uma tarefa difícil, imagine conseguir abastecer um banco de sangue de gatos. Essa é a batalha diária da veterinária Karin Botteon, que há cinco anos iniciou o projeto que originou o banco de sangue felino que funciona hoje em São Paulo (SP) no Hospital Veterinário da USP .

“A maior dificuldade é encontrar tutores dispostos a deixarem os gatos doarem sangue. O gato é uma espécie bastante sensível: não tolera bem a contenção física para coleta como acontece com os cães. Portanto, é necessária a sedação, o que cria um obstáculo pela preocupação dos tutores com os animais. Além disso, o deslocamento até o hospital também é um problema, dada a dificuldade do trânsito numa cidade como São Paulo”, resume Karin.

O banco recebe hoje de dois a quatro gatos doadores por mês, número que ainda está abaixo das expectativas da veterinária. “O ideal é que tivéssemos duas coletas por semana. Cada gato doa em média de 45 a 60 milímetros de sangue, de acordo com seu peso. É um volume superbaixo devido ao tamanho pequeno do animal”, diz.

Um banco de sangue de gatos funciona de forma parecida aos bancos de sangue humanos. Doadores voluntários vão até ao hospital veterinário e passam por uma série de exames para que sua condição de saúde seja avaliada. Os gatos devem ter de um a oito anos de idade, estar com vacinação e vermifugação atualizadas, serem dóceis e pesarem no mínimo 4,5kg.

Também semelhante aos humanos, os gatos possuem diferentes tipos sanguíneos, denominados A, B e AB. A diferença é que eles não têm um doador universal (um tipo equivalente ao nosso O). Assim, uma transfusão segura entre gatos demanda um teste de compatibilidade sanguínea.

Com a evolução da medicina veterinária e a maior preocupação dos tutores em cuidar da saúde de seus animais, a expectativa de vida dos gatos tem aumentado, explica Karin. “Não são raros encontrarmos casos de câncer ou insuficiência renal. Nessa situações é comum a necessidade de transfusão de sangue. Algumas doenças infecciosas também podem levar a quadros graves de anemia e a transfusão é a única maneira de salvar esses animais”, declara.

A melhor maneira de ajudar o banco de sangue de gatos da USP é encontrando doadores. As pessoas que convivem com gatos em casa, com perfil para doar sangue podem agendar uma coleta no Hospital Veterinário pelo telefone (11) 3091-1221. O endereço é Avenida Professor Doutor Orlando Marques de Paiva, 87, na Cidade Universitária (entrada pelo portão 3).

Fonte: Yahoo

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