EnglishEspañolPortuguês

Tamanduá atropelado em rodovia tem traumatismo e se alimenta por sonda

26 de julho de 2013
3 min. de leitura
A-
A+
Tamanduá-bandeira recebe cuidados em Hospital Veterinário de Ituverava. O animal sofreu traumatismo craniano e teve feridas nas patas (Foto: Divulgação/Samir Ribeiro)
Tamanduá-bandeira recebe cuidados em Hospital Veterinário de Ituverava. O animal sofreu traumatismo craniano e teve feridas nas patas (Foto: Divulgação/Samir Ribeiro)

Um tamanduá-bandeira, vítima de um atropelamento, se recupera dos ferimentos no Hospital Veterinário de Ituverava (SP). O animal foi atropelado na madrugada de terça-feira (23) na Rodovia Anhanguera em Igarapava (SP) e sofreu traumatismo craniano. De acordo com a equipe médica do hospital, ele se alimenta por sonda e apresenta dificuldades de locomoção. Não há previsão de alta e o bicho ainda corre risco de morte.

O animal foi levado à unidade em Ituverava por uma equipe da Polícia Militar Ambiental, que o encontrou caído às margens da rodovia, próximo a um canavial. Segundo a veterinária Bianca Paludeto, que integra o grupo de médicos que acompanha o tamanduá, o hospital recebe inúmeros animais atropelados nesta época do ano. “Neste período de corte de cana, os animais fogem das áreas de plantio por causa das máquinas e do fogo. Muitos deles acabam atingidos em rodovias”, afirma.

De acordo com a veterinária, o tamanduá chegou ao hospital com traumatismo craniano e com feridas nos membros. “Ele estava bastante descoordenado e com sérias dificuldades de locomoção. Até hoje [quinta-feira], nestes dois dias de internação, ele apresentou melhorias na coordenação. No entanto, ele está com dificuldade respiratória”, diz.

O tamanduá-bandeira vive em florestas e no cerrado de países da América Central e América do Sul. A espécie atualmente encontra-se ameaçada de extinção. Pesando 30 quilos, o animal levado ao hospital já é considerado um jovem adulto. De acordo com Bianca, o peso dos tamanduás-bandeira na idade adulta varia entre 45 e 50 quilos. O que os médicos ainda não descobriram é o sexo dele. “É difícil saber o sexo, porque os tamanduás apresentam o mesmo dimorfismo sexual [características muito semelhantes] entre macho e fêmea na parte externa do órgão genital. É preciso um exame mais invasivo no animal para que possamos detectar o sexo. Como ele está debilitado, preferimos não realizar este exame ainda”, diz.

Animal corre risco de morrer, segundo médica do hospital veterinário (Foto: Divulgação/Samir Ribeiro)
Animal corre risco de morrer, segundo médica do hospital veterinário (Foto: Divulgação/Samir Ribeiro)

Sem forças e com o equilíbrio comprometido, o animal ainda não consegue ficar em pé sozinho. Por enquanto, o tamanduá precisa se alimentar por sonda. “Colocamos e tiramos a sonda para ele poder se alimentar. Como se trata de um animal selvagem, precisamos ter bastante cuidado para ele não se estressar no ambiente do hospital”, afirma.

Bianca explica que apesar da melhora no estado de saúde, o tamanduá ainda corre risco de morte. “O estado ainda é considerado grave. Pelas condições em que ele se encontra, ele não consegue fazer nada sozinho. Não se levanta e nem come sozinho. Apesar de ele ter melhorado muito desde quando chegou, é preciso no mínimo mais uns cinco dias de internação para podermos avaliar o quadro.”.

O destino do tamanduá ainda depende da forma com que o organismo do animal vai reagir ao tratamento. Segundo Bianca, se for constatado que ele conseguirá sobreviver sozinho na natureza, ele será devolvido próximo ao local onde foi encontrado. Caso contrário, os veterinários o encaminharão para a criação em cativeiro.

Animal ainda tem dificuldade para ficar em pé sozinho (Foto: Divulgação/Samir Ribeiro)
Animal ainda tem dificuldade para ficar em pé sozinho (Foto: Divulgação/Samir Ribeiro)

Fonte: G1

Você viu?

Ir para o topo