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Fundação Dentinho usa redes sociais para arrecadar doações

23 de julho de 2013
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Dentinho (Foto:Reprodução)
Dentinho (Foto:Reprodução)

A fundação Dentinho surgiu a partir da história do poodle, que no último mês de abril, foi encontrado no Recife (PE) em situação deplorável. Goretti usou as redes sociais para contar o caso e conseguiu ajuda para o tratamento dele.

Hoje, Dentinho vive cheio de mordomias, com direito a roupinha e cama confortável na sala. “Eu trato todos eles como filhos, sou mamãe e eles são meus bebezinhos. Eu não tenho distinção, só que ele requer um pouco mais de cuidados, né?” conta Verônica Wogeley, professora que adotou Dentinho. Ela foi escolhida entre dezenas de pessoas de todo o Brasil que se candidataram para adotar o cachorro.

A Fundação atua há três meses e já resgatou 20 animais entre cães, gatos e cavalos. Ao todo, seis mil reais arrecadados foram redirecionados a tratamentos médicos de animais abandonados. “Está sendo surpreendente e positivo o que nós temos conseguido ao longo de três meses através dos nossos parceiros, amigos e integrantes dos grupos do Dentinho no Facebook, ajudar uma rede realmente grande de animais” diz Goretti Queiróz, organizadora da fundação.

A dona de casa Ana Paula da Fonseca é uma das pessoas ajudadas pela fundação. Ao todo, ela cuida de 9 cães e 10 gatos. “A fundação ajuda com ração, ajuda se tiver alguma cirurgia, né, eles fazem uma campanha e as pessoas ajudam dando uma pequena contribuição”, conta.

O caso de Dentinho acendeu uma discussão pouco vista pela sociedade: maus-tratos a animais. Não apenas no Recife, mas nas principais capitais de todo o Brasil, animais domésticos ainda vagam abandonados pelas ruas.

Estimulada pelo exemplo e com ajuda da fundação, Sabrina Torres, assistente administrativo, se comoveu a mudar esta realidade. Ela adotou a cadela Nêga, que foi resgatada de um sítio desnutrida e com um problema no olho devido a uma paulada que recebeu na cabeça. “Nesta paulada que ela recebeu, ela perdeu todo o olho e estava bastante debilitada, muito abaixo do peso, cheia de carrapato”, conta a jovem.

Nêga ganhou um lar temporário, recebe todo que e está para adoção. “ Enquanto ela estiver aqui comigo, vai receber o melhor tratamento possível. E a gente só vai passá-la a um novo tutor se sentirmos segurança que a pessoa vai tratá-la e que ela não vai passar mais pelo sofrimento que passou”, diz. Assim, o trabalho da Fundação continua na internet. A página e o grupo “SOS Dentinho” acumulam membros de todo país. O canal possibilita uma rede de solidariedade. Os internautas se comunicam e assim ajudam a resolver problemas de animais abandonados.

O trabalho cresce em ritmo acelerado e hoje, para dar conta dos pedidos, a fundação Dentinho precisa de ajuda. As doações podem ser realizadas com a compra de ursinhos de pelúcia, camisas e canecas que estampam a causa ou ainda por meio de dinheiro mesmo. A meta agora é disseminar o trabalho no interior do estado com a colaboração de gente que atua nesta causa e ainda sair do mundo virtual para uma sede física. “Uma casa, onde a gente possa manter uma sede, onde a gente possa colocar também uma enfermaria de primeiros socorros para ajudar estes animais em risco assim que chegarem e quem sabe um carro de resgate, porque a maior dificuldade da gente é o deslocamento destes animais para serem levados para as clínicas e então, depois deste primeiro tratamento, aquele animal poder ser castrado neste espaço e agente ter um espaço permanente de adoção de animais.” Conta Goretti.

Fonte: TV Jornal

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