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Pesquisadores do Brasil fazem maior descoberta de pássaros em 140 anos

18 de julho de 2013
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O canto forte chamou a atenção dos cientistas. Logo eles perceberam que estavam diante de um novo tipo de gralha que recebeu o nome de “canção-da-campina”.

O pássaro, que adora sementes de açaí, mede 35 centímetros de comprimento. É a maior ave recém descoberta. As outras são passarinhos menores, como o que foi batizado de “poiabeiro de Chico Mendes”, em homenagem ao líder seringueiro que deu a vida pela Floresta Amazônica.

O motivo do nome de outra ave descoberta está na cara: ”arapaçu-de-bico-torto”. Já o alvinegro com cara de bravo foi batizado de ”chorozinho-do-aripuanã”.

“É uma coisa tão rara, uma espécie nova ou duas de vez, que 15 de uma vez é meio chocante na verdade. É um passo muito grande para a ornitologia brasileira”, afirma Bret Whitney, pesquisador do Museu de Louisiana/EUA.

Com essas descobertas, o Brasil passou a ter 1.840 espécies de aves. Em matéria de diversidade, só perde para a Colômbia, que tem cerca de 1.900.

“Há muitas novas espécies, que tanto nós aqui em Belém, quanto os outros das outras instituições envolvidas, já temos conhecimento de que estamos trabalhando nisso”, revela Alexandre Aleixo, pesquisador do Museu Emílio Goeldi – PA.

A última vez que o mundo conheceu tantas aves brasileiras foi há 142 anos, quando um naturalista austríaco anunciou a descoberta de 40 espécies coletadas na Amazônia. Desta vez, pesquisadores americanos, europeus e brasileiros trabalharam juntos durante cinco anos, antes de divulgar os resultados.

Eles fizeram dez expedições no Pará, Amazonas, Acre, Rondônia e Mato Grosso. Apesar da euforia pelas descobertas, os cientistas estão preocupados. Eles explicam que esses estados são hoje conhecidos como o arco do desmatamento: a região onde mais se destrói a floresta, em toda a Amazônia.

“O fato desses estudos estarem revelando a existência de espécies endêmicas dessa região mostra que há necessidade de em esforço, de uma priorização para conservação nessas áreas, que são justamente as mais impactadas”, acredita o pesquisador.

Fonte: G1

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