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Como criar cães em apartamentos

11 de julho de 2013
3 min. de leitura
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É só olhar em volta e ver que os prédios não param de subir pelo Brasil inteiro. Mas o fato de morar em apartamento não impede ninguém de ter um cãozinho doméstico. Houve uma época que era normal ouvir que determinados síndicos proibiam a guarda de animais em seus prédios. Esta proibição é ilegal desde 19 de dezembro de 1964, quando a lei 4.591 – Capítulo V – Art. 19º determinou que cada condômino tem o direito de usar e fruir, com exclusividade, de sua unidade autônoma, desde que não cause dano ou incômodo aos demais condôminos ou moradores. Sendo assim, se não há barulho, agressividade ou ameaças à saúde pública, você pode ter um cão (ou um gato) no seu apartamento.

(Foto: Getty Images - Thinkstock)
(Foto: Getty Images – Thinkstock)

Pelo fato da maioria dos apartamentos serem bem menores que casas e não terem espaços que se assemelhem a quintais, a adestradora e consultora comportamental da Cão Cidadão, Cassia Rabelo, deu dicas de como cuidar bem do seu cãozinho.

Qual é o melhor cão para apartamento?

“Antes de trazer um cão para o apartamento, é preciso averiguar se o tamanho e temperamento do peludo se encaixam no perfil da família.” Ou seja, se as pessoas da casa são mais tranquilas e caseiras, elas devem procurar um cão mais calmo do que uma família que gosta de atividades externas e esportes.

Passeios

“Cães são animais sociais e precisam farejar, ver e interagir com outros cães e pessoas, para terem garantido seu bem-estar, levando em conta suas características comportamentais.” Esta rotina é indispensável para todos os cães (independente de raça ou tamanho). E lembre-se sempre que caso seu animal faça as necessidades durante os passeios é obrigatório recolher os dejetos, pois calçada não é banheiro.

Limpeza

Não importa a raça, todos os cães trocam a pelagem pelo menos duas vezes ao ano. Normalmente na entrada do verão e do inverno. Ter um aspirador de pó ajuda a manter a casa limpa e evitar que os pelos ‘voem’ pelos corredores ou varandas. Alguns produtos de limpeza encontrados em pet shops são próprios para eliminar os odores fortes, como o de urina e fezes.

Solidão

Não se deve ter um cãozinho se for deixá-lo muito tempo sozinho. Cães são animais sociais, eles se apegam aos seus tutores e podem ficar estressados ou deprimidos se passarem muito tempo sem contato com outros animais ou pessoas. O resultado disso pode ser prejudicial à casa (móveis roídos, portas arranhadas e objetos mastigados) e até ao animal: eles podem lamber ou coçar determinadas partes do corpo até sangrar, latir sem parar e alguns podem até comer suas próprias fezes para chamar atenção. Esses são sintomas da chamada ‘ansiedade de separação’, que pode ser bastante prejudicial.

Cassia propõe uma boa solução para eventuais ausências: “Deixar o local onde o cão fica repleto de atividades onde ele possa se entreter sozinho. Brinquedos que liberam comida, brinquedos mastigáveis, garrafas pet vazias com petiscos dentro, são exemplos de verdadeiros ‘quebra cabeças’ que são de grande ajuda para que o cãozinho não fique entediado com a vida dentro de um apartamento. O enriquecimento ambiental é muito importante quando o cão é deixado sozinho no apartamento, pois, assim, tende a ficar entretido enquanto o tutor não retorna.”

Comida e ‘banheiro’

Veja com um veterinário quantas vezes por dia seu animal deve comer e mantenha os comedouros longe do local onde ele faz as necessidades. Mesmo que o animal só as faça fora de casa, ele precisa ter um local em casa para esta finalidade – segurar a urina pode resultar em doenças renais e infecções urinárias. “Como os apartamentos em geral são cada vez menores, vale também investir tempo e paciência nos treinos para que o cão aprenda a fazer as necessidades em local determinado, isso certamente facilitará muito a convivência dentro do apartamento.”

Fonte: Yahoo Notícias

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