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Conheça os 10 benefícios do crudivorismo, a alimentação viva que até ajuda a emagrecer

9 de julho de 2013
6 min. de leitura
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(Foto: Divulgação)
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Você já ouviu falar na alimentação viva? Trata-se de um estilo de vida que encara a alimentação, a vida e a natureza dentro de um contexto muito amplo.

Optar por esse tipo de alimentação, explica a nutricionista Juliana Rocha, não significa abdicar do prazer e encarar um conceito radical. Representa comer mais frutas e vegetais, e também saber a forma correta de se preparar esses alimentos. Dentro dessa filosofia, existem vários níveis de adeptos.

Os níveis dos seguidores
– 100% crudivoros (que consomem alimentos 100% crus) e, que por esse motivo, devem ter um cuidado muito maior e mais amplo em relação à ingestão e absorção de nutrientes.

– Os que comem 70% dos alimentos crus e 30% cozidos, sendo veganos ou incluindo ovos e derivados de leite.

– Aqueles que estão em transição e que incluem somente o habito de tomar suco verde e comer saladas cruas no almoço e jantar, por exemplo.

Juliana Rocha acaba de retornar dos Estados Unidos, onde se formou chef de cozinha e instrutora de raw food (alimentação viva). A seguir, confira as dicas (preciosas) da nutricionista.

(Foto: Divulgação)
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Alimentação Viva

Preza pela comida vegetariana/vegana, orgânica em sua maior parte, não-cozida, onde os alimentos estão no seu estado natural, sem serem processados e refinados. É baseada no conceito de que as altas temperaturas destroem os nutrientes e os fitoquímicos, que são fundamentais para a saúde. Esse tipo de alimentação regula o corpo, restabelece as funções fisiológicas e equilibrar o terreno biológico, principalmente naquilo que diz respeito à saúde do sistema imunológico e nervoso.

O que costuma-se comer?

Comemos tudo aquilo que a natureza oferece e ainda temos instrumentos para potencializar esses alimentos, como o processo de fermentação e germinação, assim como técnicas especiais para criarmos verdadeiras replicas de alimentos que são familiares, com aromas, texturas, odor e cor, mas na versão raw. É permitido comer tudo aquilo que vem da natureza e que não vem de origem animal. Frutas, verduras, sementes, oleaginosas, óleos essenciais, frutas secas, sementes germinadas.

O que não é consumido?

Muitos seguidores comem 70% cru e 30% cozido. Outros comem o mesmo percentual, mas são veganos. Os mais radicais comem 100% cru. Mas, seguindo o princípio clássico da alimentação viva, inclui aquilo que a natureza nos oferece de forma integral. Portanto, alimentos refinados, pães, massas, farinhas, leite, derivados de leite, açúcar e carnes não estão inclusos.

Super nutrientes para o corpo

Por incluir todos os vegetais, sementes germinadas, alimentos fermentados, orgânicos, a alimentação viva tem capacidade de fornecer uma gama de nutrientes e super nutrientes que uma alimentação convencional. Além de prevenir e ajudar no tratamento de doenças como câncer, diabetes, depressão, doenças cardiovasculares, hiperatividade, déficit de atenção, esclerose.

Importância

Regula o terreno biológico e a bioquímica. Além de fazer o sistema digestivo funcionar melhor, as bactérias intestinais são trocadas, o sistema imune é fortalecido, desintoxica o fígado e aumenta todas as vias de excreção de substâncias tóxicas do corpo. Fornece gorduras, vitaminas, minerais, enzimas e a água que o corpo tanto necessita.

Ajuda a emagrecer

Mesmo que o paciente coma muito bem, inclusive alimentos calóricos como nuts (oleaginosas), azeites e óleos essenciais, o emagrecimento ocorre. Primeiro por desintoxicar o corpo e, depois, por ocorrer uma restrição calórica natural. É uma alimentação tão rica em nutrientes, que o corpo passa a se regular de forma única e acabamos comendo pouco. Come-se muito bem com muitos vegetais, sementes, óleos, e preparações deliciosas, mas ficamos satisfeitos de uma forma realmente intrigante.

(Foto: Divulgação)
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10 benefícios da alimentação viva:

1 – Vitaminas e fitonutrientes – Previne doenças crônicas e melhora a função celular.

2 – Rica em clorofila – Substância presente em todas as plantas, de coloração verde, que, no homem, tem a capacidade de melhorar a circulação, fazer a oxigenação celular e é riquíssima em magnésio, que atua no processo de equilíbrio ácido básico do corpo.

3 – Enzimas – Ter uma alimentação rica em enzimas vegetais faz o corpo funcionar melhor e proporciona aumento de energia e melhora na digestão.

4 – Água – É capaz de hidratar muito mais o nosso sistema justamente por ser rica em vegetais. A água contida nos alimentos tem ligação químicas diferentes e, portanto, tem melhor absorção celular.

5 – Gorduras – A alimentação viva traz ao corpo os melhores óleos da natureza necessários para o funcionamento celular, melhorando funções neurológicas, prevenindo doenças inflamatórias. Não usamos gorduras saturadas, somente óleos de coco e de abacate, o próprio abacate, azeite de oliva, sementes de chia e linhaça, nozes e macadâmias. Todos esses óleos, com exceção do de coco, são sensíveis ao cozimento. Por esse motivo, sempre devem ser consumidos crus.

6 – Equilíbrio ácido básico – A alimentação viva é totalmente alcalina, gerando a condição ideal para o sangue e, portanto, para o funcionamento celular.

7 – Frutas – Ricas em vitaminas, fornecem o sabor doce a muitos pratos, além de saciarem o paladar.

8 – Superalimentos verdes – Todas as folhas, assim como clorofila e spirulina, são riquíssimas em minerais e proteínas.

9 – Grãos – Por diversas razões antinutricionais, são consumidos com moderação, como a presença do glúten, por exemplo. Recomenda-se em baixas dosagens. Costumo indicar trigo sarraceno, trigo em grãos, grão de bico e lentilha. Sempre deixados de molho por 8 horas, escorridos e germinados ou desidratados até 60 graus.

10 – Antienvelhecimento – Isso ocorre pela restrição calórica que ocorre naturalmente com a alimentação viva.

(Foto: Divulgação)
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O que não pode faltar na dispensa ou na geladeira de quem segue esse estilo de vida?

Alimentos orgânicos, superalimentos como maca andina, spirulina havaiana, chlorella, pólen, óleo de coco, goji berries, cacau orgânico, entre outros. Mas, o principal mesmo, são os itens de cozinha: liquidificador de alta potência, processador, coadores de tecido, faca de chef, desidratador.

Principais frutas – Limão, macas, laranjas, abacates, bananas e coco verde.
Vegetais – Couve, espinafre, alface, pepinos, salsão, salsa, abobrinha, cebola, tomate e pimentões.
Ervas – Menta, manjericão, alecrim, orégano.
Oleaginosas – Nozes, castanha do pará, amêndoa, macadâmia, semente de abóbora, girassol, linhaça e chia. Recomendamos deixar todas de molho por quatro horas e depois desidratar por mais 8 horas para eliminar fungos e fatores antinutricionais.

Grãos – Sarraceno, trigo comum, lentilha, grão de bico.
Manteigas vegetais – Manteigas de gergelim, amêndoa, e castanhas.
Óleos – Azeite de oliva, óleo de linhaça, óleo de coco extravirgem, óleo de gergelim não torrado
Sais – Sal rosa do Himalaia e sal celta.
Condimentos – Vinagre balsâmico, vinagre de maçã, shoyo, misso.
Temperos – Curry, cúrcuma, açafrão, gengibre, pimenta, alho em pó, noz-moscada, gengibre seco
Frutas secas – Ameixas, damascos e tâmaras
Adoçantes naturais – Agave, stevia

Fonte: Barra de Cereal

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