EnglishEspañolPortuguês

ONG de Saquarema (RJ) que abriga trezentos cachorros precisa de ajuda

2 de julho de 2013
3 min. de leitura
A-
A+
São 300 cachorros de idades e raças variadas que convivem em harmonia (Foto: Isabel Ruliere / Arquivo pessoal)
São 300 cachorros de idades e raças variadas que convivem em harmonia (Foto: Isabel Ruliere / Arquivo pessoal)

Conhecido como o melhor amigo do homem, o cachorro desfila encanto e normalmente trás alegria para os lares de muitas famílias. Se um é bom, imagina um grupo com 300 cães em um só lugar. É essa a realidade de uma ONG localizada em Saquarema, no interior do Rio de Janeiro.

Criada há 13 anos pela advogada Isabel Ruliere, de 52 anos, a ”S.O.S Cãopanheiros”, localizada no bairro Boqueirão, começou sem grandes pretensões mas acabou virando uma referência na região.

“Eu não moro aqui na cidade, mas tenho casa aqui há 27 anos e frequento o município desde então. Daí eu notei que tinham muitos animais abandonados pelas ruas e comecei a acolher um por um. Quando vi que eu já estava com 17 cachorros em casa, decidi abrir a ONG e divulguei o trabalho entre os moradores para ter ajuda”, relembrou Isabel.

Atualmente, a ONG abriga animais de diversas raças e idade, e todos convivem em perfeita harmonia, segundo a proprietária. E dar conta de tantos cães é uma tarefa ‘osso duro de roer’.

”Levamos dois dias pra dar banho, levamos todos eles juntos para correr pela rua e ainda mantemos a higiene do local. Tudo isso com a ajuda de voluntários, além dos três funcionários”, explicou a advogada.

Cães saem juntos para passear pelas ruas do bairro (Foto: Isabel Ruliere / Arquivo pessoal)
Cães saem juntos para passear pelas ruas do bairro (Foto: Isabel Ruliere / Arquivo pessoal)

Os animais precisam de ajuda

Muito além da diversão, apesar de todo o trabalho, Isabel Ruliere conta com o apoio da Prefeitura de Saquarema com a doação de uma verba destinada para a compra de medicamentos e ração e da doação de alguns sócios, mas é preciso mais.

Foto: Isabel Ruliere / Arquivo pessoal
Foto: Isabel Ruliere / Arquivo pessoal

“O consumo diário de ração é de 125 quilos, tenho que pagar os funcionários, comprar remédios, levar os animais nos veterinários, pagar impostos. Por mês, eu tenho um gasto de cerca de 14 mil reais, isso porque eu também tiro dinheiro do meu bolso e conto com ajuda”.

Com a grande quantidade de cachorros na casa (300), Isabel não tem condições de buscar nenhum animal pelas ruas, e aceita apenas aqueles que estão com a saúde debilitada.

“Não posso mais procurar nenhum cãozinho, mas também não recuso quando aparece algum que esteja muito doente, que foi atropelado etc. Não posso abandoná-los”, disse.

Apesar das dificuldades, a ONG é um sucesso na cidade, de acordo com a fundadora. E, assim como as portas não se fecham para a chegada de mais um cachorro, elas também estão abertas para a visitação do público. Quem quiser contribuir com algum valor, basta entrar em contato pelo site da organização e retribuir o carinho que o ”melhor amigo do homem” está sempre pronto para oferecer.

Isabel exibe os cachorros com deficiência física, porém saudáveis (Foto: Isabel Ruliere / Arquivo pessoal)
Isabel exibe os cachorros com deficiência física, porém saudáveis (Foto: Isabel Ruliere / Arquivo pessoal)

Fonte: G1

Você viu?

Ir para o topo