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Pesticidas reduziram diversidade de animais invertebrados, diz estudo

19 de junho de 2013
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Estudo descobriu que invertebrados como libélulas foram afetados por pesticidas (Foto: Mikhail A. Beketov)
Estudo descobriu que invertebrados como libélulas foram afetados por pesticidas (Foto: Mikhail A. Beketov)

A concentração de pesticidas usados em todo o mundo pode estar diminuindo a diversidade de animais invertebrados, segundo um estudo feito por cientistas franceses, alemães e australianos. Os resultados encontrados pela equipe, liderada por Mikhail Beketov, do Centro de Pesquisa Ambiental de Leipzig, na Alemanha, foram publicados na edição de segunda-feira (17) da revista americana “Proceedings of the Natural Academy of Sciences” (PNAS).

A crise de biodiversidade, um dos maiores desafios que a humanidade enfrenta atualmente, instigou os autores a fazer uma pesquisa detalhada sobre os danos provocados pelos defensivos agrícolas.

Para isso, os pesquisadores compararam a rica biodiversidade em grupos caracterizados por três diferentes níveis de contaminação: não contaminados, ligeiramente contaminados e altamente contaminados.

Na Europa, foram encontradas diferenças significativas nas famílias e na riqueza de espécies nessas três categorias de contaminação. Já na Austrália, os autores identificaram uma diferença considerável nas famílias de invertebrados das três categorias. O declínio na riqueza taxonômica entre as categorias dos não contaminados e dos altamente contaminados variou de uma diminuição no nível de espécies de 42% na Europa a uma diminuição no nível de famílias de 27% na Austrália.

Os cientistas descobriram que as perdas globais na diversidade taxonômica ocorreram principalmente pela perda de espécies vulneráveis ​​a pesticidas, e os efeitos na Europa foram detectados em concentrações que são consideradas de proteção ambiental, de acordo com as normas em vigor. Os autores sugerem que o uso de pesticidas pode ser um importante fator de perda de biodiversidade e que as normas regulatórias vigentes podem não ser suficientes para proteger a biodiversidade regional dos invertebrados.

Fonte: G1

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