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Modelo grávida posa para pintura deitada sobre pedaços de carne

17 de junho de 2013
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Por Robson Fernando de Souza (da Redação)

Modelo Lara Stone posa deitada sobre inúmeros pedaços de animais mortos. Foto: Getty Images
Modelo Lara Stone posa deitada sobre inúmeros pedaços de animais mortos. Foto: Getty Images

Numa ação de inconsciência sobre a exploração, violência e sofrimento por trás das carnes, a modelo holandesa Lara Stone posou nua e grávida para uma pintura feita pelo “artista” inglês Marc Quinn. A imagem foi exibida na 55ª edição da Bienal de Veneza.

A figura é datada do começo de abril, quando Stone estava grávida de oito meses – seu filho nasceria um mês depois.

Pelo visto, nem a modelo, nem Marc Quinn sabem qual foi realmente a origem de cada um daqueles pedaços de carne. Ignoraram, desconhecedoramente ou não, que, ao contrário dos vegetais, aquelas carnes tiveram origem em intensa exploração animal, que consistiu em reificação, escravidão, mutilações, separação de famílias de mães e filhotes, confinamento (em fazendas ao ar livre ou industriais), sofrimento e morte violenta.

A pintura ofende a memória dos animais que foram mortos para que suas carnes fossem expostas e pintadas no quadro, como se eles fossem nada mais do que fontes sem vida ou sentimentos de matérias-primas, além de ter sido um desperdício de vidas ainda mais absurdo do que o consumo alimentar.

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