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Animais recorrem cada vez mais à acupuntura e outras terapias alternativas

12 de junho de 2013
3 min. de leitura
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Há cada vez mais cães, gatos ou cavalos a receber tratamentos de acupuntura, quiroprática ou hidroterapia para aliviarem dores de velhice ou doença aguda, porque os tutores nunca desistem dos seus melhores amigos e procuram alternativas à veterinária tradicional.

O pastor alemão Guss está com contraturas e tensões musculares. O pato Manchinhas tem artrose. O gato persa Leo sofre de obstrução urinária.

Todos estes animais estão se recuperando das suas enfermidades, usufruindo de tratamentos complementares à medicina veterinária tradicional, como por exemplo a acupuntura médica contemporânea, massagens terapêuticas, hidroterapia em tapete de marcha subaquática, cinesioterapia ou eletroterapia.

Os tutores dos animais com patologias neurológicas, ortopédicas ou musculares não se importam de pagar o que for necessário por uma sessão de acupuntura ou de hidroterapia para ajudarem a atenuar o sofrimento das moléstias dos seus animais.

“Decretar que o animal é velho e que não há mais nada a fazer para muitas pessoas não é a resposta definitiva e procuraram alternativas”, conta à Lusa Cátia Sá, médica veterinária e especialista em tratamentos complementares para animais domésticos.

A medicina veterinária está sempre evoluindo e há cada vez melhores opções de diagnóstico, melhores opções terapêuticas e cada vez temos mais tutores que querem melhores opções para os seus animais”, explica aquela especialista, responsável pelo serviço de fisioterapia e reabilitação física animal da Clínica das Oliveiras, no Porto.

O maior bolo dos pacientes que recorre às terapias complementares, como a acupuntura, são os cães e os gatos, com idades mais avançadas e com problemas de artrose, conta a médica veterinária.

“Temos clientes do estrangeiro, como França, República Checa ou Angola e do país inteiro, principalmente do norte e do centro, que vêm referenciados de hospitais veterinários, clínicas veterinárias e da Universidade do Porto, refere.

A clínica também já ajudou pacientes como patos ou cavalos.

“Neste tipo de trabalho, as pessoas não olham ao dinheiro. É óbvio que há que criar condições para que seja exequível um tipo tratamento, como pacotes para financiar pagamentos, mas o único requisito é ser um tutor preocupado e que adora o seu animal”, conta a médica veterinária.

Reiki, laserterapia ou massagens também são empregadas

Com uma ou duas sessões já é possível saber se o animal é elegível para tratamentos como a acupuntura médica contemporânea, massagens terapêuticas, hidroterapia, cinesioterapia, eletroterapia. Depois, a manutenção vai depender do caráter do animal, do feitio, da disponibilidade do tutor e da patologia, explica Cátia Sá.

O francês Gilbert Larchez, tutor do pastor alemão Guss, um cão com 47 quilos e com dois anos de idade, confessa que não se importa de pagar “qualquer preço” pelas terapias alternativas para ver o ser “melhor amigo” de boa saúde.

“Sempre fizemos tudo o que era necessário para o ajudar”, disse Gilbert Larchez, admitindo que Guss, que está a restabelecer-se da sua malformação, é como uma espécie de “filho”, “um amigo”, porque “com os homens temos muitas vezes problemas, mas com os animais as coisas correm melhor”.

Após a primeira sessão de acupunctura, o seu companheiro ficou mais alegre e dinâmico, admitiu Gilbert, uma das muitas pessoas que procuram terapias alternativas para os seus animais.

Reiki ou laserterapia são outros tratamentos frequentes nos consultórios veterinários portugueses.

O congresso da Ordem dos Médicos Veterinários (OMV) deste ano, que vai decorrer entre 30 de Novembro e 01 de Dezembro, vai abordar temas como a reabilitação e a acupuntura, pois há cada vez mais animais a receberem estes tratamentos complementares, admitiu uma fonte da direção da OMV.

Fonte: Porto 24

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