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A permanente fraude do leite

12 de junho de 2013
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Eis que novamente temos mais uma fraude envolvendo o leite em nosso país. Em 2007 foram descobertas várias cooperativas de Minas Gerais que adicionavam soda cáustica e água oxigenada ao produto, gerando suspeitas de que o mesmo procedimento pudesse também estar ocorrendo em outros estados. Agora, minuciosa investigação do Ministério Público do Rio Grande do Sul descobriu que diversos produtores e empresários do ramo adicionavam água e uréia ao leite. Como se vê, essa história de leite adulterado e contaminado é recorrente e no final das contas quem sai prejudicado é o consumidor.

Mas, independente da fraude e dos malefícios à saúde causados pela adição de uréia, será mesmo que o consumo de leite de vaca não adulterado é tão importante e saudável para a alimentação de adultos de uma outra espécie? Somos os únicos mamíferos do mundo que passada a fase de amamentação, continua a ingerir leite, evidenciando-se aí, um mero hábito cultural e não uma necessidade natural. Trocamos os seios de nossas mães humanas pelas tetas de uma vaca, que naturalmente produz esse leite apenas para o seu filhote, o bezerrinho. E assim com cada espécie de mamífero, incluindo os humanos. Glândulas mamárias de uma cabra só vão produzir leite se a mesma tiver gerado cabritinhos. O mesmo ocorre com a fêmea do camelo, do elefante, da porca, da rata, da gata, da cadela, da leoa, das focas, etc. Se é válido tomar o leite de uma outra espécie,  nada impede que  humanos também tomem leite de ratas, de gambá, de porcas, gatas e outras fêmeas mamíferos.

O único leite essencial aos humanos é o leite que as mães humanas produzem. As vacas não têm obrigação de “adotar” e sustentar “terneiros mamões” humanos autômatos, que reproduzem hábitos sem o devido questionamento e o mínimo de lógica. Não bastasse a tradição, há toda uma formação acadêmica e uma mídia ferrenha a serviço da indústria do leite. São profissionais da nutrição e da saúde defendendo a velha cartilha de que precisamos do cálcio oriundo do leite de vaca. E isso é reproduzido semanalmente nos encartes de jornais, na televisão, no rádio, etc. São raros aqueles profissionais que ao buscar outras possibilidades e fontes de pesquisas, tem a oportunidade de expor os estudos que contrariam a tradição predominante, defensora do leite “sagrado”.

Enquanto isso, toda uma população segue apreensiva em relação à qualidade de um alimento cujas enzimas necessárias para processá-lo, ficaram lá na infância, nos primeiros anos de vida, quando ainda mamavam no seio de suas mães. Depois disso, apenas herdaram de seus pais, que também herdaram de seus pais, um hábito que constitui-se numa permanente fraude e violação ao mundo natural, pois nenhum outro mamífero continua a ingerir leite depois que começa a ingerir alimentos sólidos!

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