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Assessor diz que não houve ordem para maus-tratos contra cães no Pará

7 de junho de 2013
3 min. de leitura
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Alilsom Guimarães, assessor do prefeito Marcelo Pamplona (PT), diz que a ordem para exterminar cães não partiu da Prefeitura de Santa Cruz do Arari, no arquipélago do Marajó, no Pará. Guimarães confirma, porém, que a prefeitura tentou acabar com o excesso de animais na cidade levando-os para áreas rurais, mas sem agredi-los ou exterminá-los. “Não houve ordem para que fossem maltratados ou mortos.”

O assessor disse também que a prefeitura irá apurar o que aconteceu para que os animais sofressem os maus-tratos mostrados nas imagens. Ele atribui as acusações a disputas políticas.

O Ministério Público e a Delegacia do Meio Ambiente estão investigando denúncias de que a administração municipal teria ordenado a captura de cães nas ruas da cidade para exterminá-los.

Imagens divulgadas pela imprensa local mostram cães sendo capturados, amarrados e amontoados em uma pequena embarcação. Um animal aparece morto no rio e outro, tentando sair das águas. O número de cães mortos ultrapassa os 300.

“O prefeito desconhecia esse fato. Ele estava em Belém e só soube pela imprensa”, afirmou o assessor.

Entenda o caso

A população de Santa Cruz do Arari, na Ilha do Marajó, denunciou a caça a cães instituída pelo prefeito Marcelo Pamplona (PT). Segundo os moradores, a prefeitura, no último dia 28, pagou pela caça de cães e cadelas, e os animais capturados cruelmente teriam sido mortos.

O prefeito reconhece que fez a captura dos cachorros, mas nega que tenha matado os animais: segundo ele, os bichos foram levados para a zona rual do município, já que estariam causando a proliferação de doenças na cidade.

Vídeos registraram cachorros sendo laçados por crianças e levados até canoas, onde foram amontoados no porão da embarcação. Amarrados, os animais aparecem com diversos ferimentos. As imagens mostram ainda vários animais mortos abandonados no rio da cidade.

A Delegacia de Meio Ambiente (Dema), da Polícia Civil, abriu inquérito, na terça-feira (4), para apurar o caso. Na próxima quinta-feira (6), uma equipe da delegacia deve chegar a Santa Cruz do Arari para apurar as denúncias sobre o caso.

O Ministério Público Estadual (MPE) também instaurou inquérito civil para investigar as denúncias. No documento, assinado pela promotora Jeanne Maria Farias de Oliveira, uma análise preliminar de imagens onde os cães aparecem amarrados e alojados dentro de um barco, podem configurar crueldade com animais, conduta passível de responsabilização civil e criminal.

Fonte: Folha de S.Paulo

Nota da Redação: Se não houve ordem, de onde partiram os animais, em veículos identificados da prefeitura, para levá-los à tal zona rural? Se não houve ordem, como a caça desses animais passou despercebida pela polícia da cidade? E os animais mortos, boiando no rio, também não foram vistos? Essa atitude criminosa não deve passar impune. O Prefeito de Santa Cruz do Arari deve ser severamente punido por essa atitude vil e covarde, assim como os envolvidos na captura e assassinato desses mais de 300 animais. O Ministério Público deve investigar e a punição para esse crime absurdo deve ser determinada com rigor. Assine a petição que pede seriedade na investigação e punição severa para esses criminosos. Assine aqui.

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