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Ninhos artificiais ajudam a salvar periquitos-de-cara-suja, ameaçados de extinção

3 de junho de 2013
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Ninhos artificiais criados por pesquisadores do Ceará estão ajudando a salvar os periquitos-de-cara-suja, uma das espécies de ave mais ameaçadas do Brasil.

Houve um declínio ameaçador na população dos cara-sujas, porque os ninhos naturais, em troncos, foram retirados nos desmatamentos.

Na Reserva de Baturité, no Ceará, a organização não-governamental Aquasis, com apoio dos moradores da região, assumiram a missão de salvar os periquitos-de-cara-suja, que estavam criticamente ameaçados.

“O cara-suja, que teve em outros cantos, inclusive Pernambuco, Alagoas, possivelmente Rio Grande do Norte e Paraíba, hoje a gente só encontra ele no ceará”, diz o biólogo Fábio Nunes.

Há quatro anos começaram a ser instalados 45 ninhos artificiais, quando a espécie estava mais ameaçada de extinção. Depois que as fêmeas passaram a desovar nas caixas de madeira, já nasceram mais de cento e oitenta filhotes, que estão vivendo livres na natureza.

Há uma estimativa de que 250 aves estão se reproduzindo na serra. Pais alimentam os filhos constantemente pelas janelas dos ninhos artificiais.

“Eles vão se alimentar e aí eles guardam no papo esse alimento. E guardam no papo para os filhotes. Quando chegam lá no ninho, eles regurgitam esse alimento pros filhotes”, afirma a estudante de biologia Iara Coriolando.

Em imagens gravadas pelo biólogo Fábio Nunes, é possível ver como ficam os filhotes dentro das caixas. Os filhotes permanecem no ninho cerca de 45 dias, desde o momento da postura dos ovos até a hora de voar. Biólogos e veterinários recolhem os dados de cada ave e aplicam anilhas do Ibama, e devem ficar até a espécie sair da condição de extremamente ameaçada de extinção.

Fonte: G1

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