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Excesso de velocidade é principal causa de atropelamentos de animais na BR-262

3 de junho de 2013
3 min. de leitura
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A equipe da UFPR/ITTI fez uma pesquisa com motoristas da região da BR-262, no Mato Grosso do Sul, para identificar qual a percepção deles sobre o atropelamento de animais, um dos principais problemas da rodovia. (Foto: Divulgação)
A equipe da UFPR/ITTI fez uma pesquisa com motoristas da região da BR-262, no Mato Grosso do Sul, para identificar qual a percepção deles sobre o atropelamento de animais, um dos principais problemas da rodovia. (Foto: Divulgação)

Para os motoristas de ônibus, caminhão e carros de passeio que trafegam na BR-262, no Mato Grosso do Sul, o excesso de velocidade é a principal causa dos atropelamentos de animais na rodovia. Entre as cinco razões descritas no questionário formulado pela UFPR através do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (UFPR/ITTI), 66,6% assinalaram esta opção. O descuido na direção é apontado por 54,5% como a segunda principal causa de acidentes com animais. Era possível assinalar mais de uma razão para os acidentes.

Em abril, foram entrevistados 101 motoristas na BR-262/MS, no trecho próximo ao Buraco das Piranhas, em Corumbá. Quase a totalidade deles (98,01%) reconhecem que o atropelamento de animais é um dos principais problemas da rodovia. Entre os entrevistados, 47,5% já presenciaram pelo menos um acidente deste tipo, sendo que 17,8% reconheceram ter atropelado algum animal.

Ano passado, o percentual de motoristas de ônibus, caminhão e carros de passeio que utilizam a BR-262/MS e acreditavam que o excesso de velocidade era a principal causa de atropelamentos foi de 37,4%. A falta de visibilidade apareceu em segundo lugar, apontada por 55,5% dos entrevistados. Na pesquisa de abril, este percentual teve pouca diferença (54,5%).

Esta é a terceira coleta de dados feita pela UFPR/ITTI, que é responsável pelo projeto BR-262 – Faço Parte deste Caminho. O projeto iniciou em 2011 com as obras de revitalização da rodovia no trecho entre Anastácio e Corumbá. Desde então, trabalha na sensibilização da comunidade sobre questões como atropelamento de fauna, queimadas e tráfico de animais.

Atropelamento de animais

Durante um ano, o Programa de Monitoramento de Atropelamentos de Fauna vistoriou todas as semanas a BR-262/MS, entre Corumbá e Anastácio, para registrar o número de animais atropelados. No trecho de 284 quilômetros entre os dois municípios, no Mato Grosso do Sul, foram encontrados 610 animais mortos.

Após esse monitoramento a UFPR/ITTI fez a Proposta de Dispositivos de Proteção à Fauna, que inclui em seu programa a implantação de radares nos trechos onde ocorrem mais atropelamentos, além da colocação de telas e do corte da vegetação mais densa que prejudica a visibilidade do motorista.

A partir dos dados de identificação de pontos críticos de atropelamentos levantados pelo programa e repassados para a Superintendência Regional do DNIT em Campo Grande, quatro radares já foram instalados no trecho de Anastácio a Corumbá, nos quilômetros 575, 590, 636 e 696.

ITTI

O Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (ITTI) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) atua na elaboração, execução e supervisão de programas e estudos destinados à gestão ambiental de obras, especialmente na área de transportes, tais como as rodovias, ferrovias e portos. Com uma equipe técnica multidisciplinar formada por professores, pesquisadores, estudantes e profissionais especializados, os projetos da UFPR-ITTI também contemplam aspectos relacionados à gestão territorial, questões socioambientais e quanto ao uso de recursos naturais.

Saiba mais sobre o projeto da BR-262 (MS).

Fonte: Correio de Corumbá

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