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Fazer experiências com queimaduras em ratos é perda de tempo e dinheiro

6 de março de 2013
2 min. de leitura
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Por Natalia Cesana (da Redação)

Rato com queimadura no rosto e nos olhos. Foto: Reprodução

A PETA, desde sua fundação, sempre foi contra os experimentos realizados em animais. Não só porque são cruéis, mas porque não são científicos.

Algumas semanas atrás foi divulgado um relatório governamental destacando a irrelevância de experimentos cruéis feitos em chimpanzés. Agora, outro estudo importante saiu na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), publicação oficial da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, oferecendo mais uma prova de que testes feitos em animais não ajudam os humanos. Os autores do estudo concluem que os resultados obtidos em ratos em experiências para sepse (infecção) e queimaduras (como os realizados na University of Texas Medical Branch at Galveston) não têm efeito nos humanos. Portanto, a realização de tais experimentos é uma enorme perda de dinheiro, tempo e vidas.

O estudo da PNAS levou 10 anos para ser concluído e envolveu 39 pesquisadores de instituições de todo o continente, incluindo a Stanford University e a Harvard Medical School. Assim como mostra o relatório, os cientistas também declararam as impressionantes evidências de que os testes com ratos foram totalmente enganosos em pelo menos três grandes temas: sepse, queimaduras e trauma.

Como resultado, bilhões de dólares têm sido desperdiçados nestes anos atrás de pistas falsas. “[O estudo] ajuda a explicar por que cada um dos cerca de 150 fármacos testados em uma gama muito grande pacientes com sepse falhou. Os testes com as drogas foram baseados em estudos feitos em camundongos e, ao que parece, ratos têm uma doença que se parece com sepse, mas ela é muito diferente da doença humana”, relata um dos entrevistados.

Os pesquisadores descobriram a discrepância após realizarem modernos estudos com células humanas. Em relação aos experimentos com animais, o principal autor do estudo declarou: “Os pesquisadores estão tão focados em tentar curar ratos que esquecem que estamos tentando curar seres humanos.”

Uma das forças por trás destas pesquisas é a Shriners International, que há anos financia experiências cruéis em ratos, cães, e outros animais.

O pesquisador Daniel Traber usou dinheiro durante anos para queimar a pele dos animais. Em um dos experimentos descobertos pela PETA, ele queimava 40% do corpo dos ratos com o bico de Bunsen e os forçava a inalar a fumaça. O rato que sobrevivia a esta tortura era morto ao final.

Assine a petição para pedir à Shriners International que, à luz do relatório divulgado, pare de desperdiçar dinheiro financiando estas experiências cruéis.

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