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Chimpanzés egressos de laboratórios recebem antidepressivos para superar depressões e traumas

4 de março de 2013
2 min. de leitura
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Foto: Susana Vera/Reuters

Um estudo recente mostrou que antidepressivos podem ser usados para ajudar antigos chimpanzés explorados em laboratórios a combater depressões e traumas. Os investigadores dizem que o tratamento deverá ser considerado para centenas de outros animais da mesma espécie que já foram usados em pesquisa científica. A descoberta surgiu no momento em que um órgão de financiamento norte-americano considerou dispensar mais de 300 chimpanzés explorados em pesquisas.

O estudo foi apresentado em Boston, na American Association for the Advancement of Science, e o seu principal propulsor, a Drª. Godelieve Kranendonk, contou à BBC News o sucesso do projeto. “De repente os chimpanzés acordaram. Era como se fossem zombies presos e agora estão felizes, brincam uns com os outros. São chimpanzés outra vez, foi muito bom de ver”, disse.

Existem refúgios em vários países para estes animais que são usados em investigação científica, já que, como explica o investigador, muitos deles saem dos laboratórios deprimidos e traumatizados. Para isso contribui o fato de estarem há 15 ou 20 anos fechados em laboratórios para animais, tendo perdido a capacidade de brincar ou de se relacionar com outros animais da mesma espécie. Em vez disso, passam o seu tempo em isolamento e, muitas vezes, comem o seu próprio vômito. Outros dos sinais de trauma são o balancear para trás e para a frente e o arrancar os próprios pelos.

Quando são levados para os refúgios, os chimpanzés são postos numa dieta rica em vegetais, têm brinquedos à disposição e espaço para percorrerem. Apesar de tudo, os cientistas notaram que o comportamento anormal continuava a piorar, os animais não sabiam lidar com a nova liberdade por estarem habituados a passar os dias fechados em jaulas.

Com a nova descoberta de antidepressivos, similares ao medicamento Prozac, que é usado em depressões e distúrbios de ansiedade humanos, e depois de seis a oito semanas, o comportamento dos animais começou a melhorar. Os chimpanzés começaram a brincar e a se relacionar. Sete meses depois os animais, comportavam-se como se nunca tivessem vivido aprisionados durante anos.

Fonte: Diário de Notícias

Nota da Redação: A situação é esdrúxula – primeiro destroem corpo e mente desses animais, para depois remediarem seus traumas e depressões com medicamentos, numa típica situação de morder e assoprar. A ciência, nesse caso, parece criar o problema que ele próprio irá remediá-lo, ao submeter os animais a sofrimentos psicológicos e precisar remediar esses problemas depois. O ideal seria fecharem os laboratórios que exploram animais, de modo que nenhum mais sofra com esses problemas traumáticos. É muito mais coerente do que explorar e torturar para depois tentar remediar os chimpanzés.

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