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Ambientalista alerta para extinção de espécie de antílope

2 de março de 2013
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A sitatunga, um antílope que vive perto dos pântanos, pode estar em extinção em Moçambique, uma vez que não é avistado no país há vários anos, disse à Lusa o ambientalista Carlos Serra, do Centro terra Viva.

Segundo Carlos Serra, o animal povoou os distritos de Zumbo e Chinde, na província de Tete, centro de Moçambique, mas não há testemunhos da sua existência há muitos anos.

“É uma constatação baseada em vários estudos sobre a forte possibilidade de a sitatunga estar ou poder vir a estar extinta”, afirmou Carlos Serra Júnior, presidente daquela organização não governamental.

Apesar de o animal, em Moçambique também conhecido como inhala ou inhala dos pântanos, ter sido colocado por lei na lista de espécies protegidas, a ineficácia do combate à caça por parte das autoridades moçambicanas pode ter propiciado a sua eliminação, alertou.

“Como outras espécies, foi vítima da pouca sensibilidade que reina no país em relação à conservação e à desatenção ao activo que é o eco-turismo e o valor ambiental”, frisou Carlos Serra.

O fato da área povoada pela sitatunga não ter sido elevada a categoria de reserva natural, como medida de proteção, também pode ter contribuído para a sua extinção.

“O Governo moçambicano tem acertado na criação de reservas vocacionadas à protecção de espécies em risco, mas a sitatunga ficou desprotegida até muito provavelmente desaparecer”, enfatizou o ambientalista.

Para Carlos Serra Júnior, “a matança” que levou ao desaparecimento da sitatunga virou-se agora para o elefante, cujo marfim é objecto de grande procura no mercado asiático.

“As estatísticas sobre o número de elefantes mortos por ano em Moçambique podem pecar por defeito, porque a matança está a níveis alarmantes”, salientou Carlos Serra Júnior, referindo-se a dados que referem que dois mil elefantes foram abatidos por caçadores furtivos entre 2011 e 2012.

Fonte: Angola Press

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