EnglishEspañolPortuguês

Cavalo com a pata decepada agoniza e morre por falta de socorro, em Palhoça (SC)

21 de março de 2012
3 min. de leitura
A-
A+

Daiane Gallina
[email protected]

Foto: Divulgação

No domingo (18), minha cunhada me ligou desesperada pedindo para que eu procurasse na internet telefones para entrarmos em contato com ONGs ou órgãos públicos para socorrer um cavalo que apareceu na rua onde minha sogra reside, ele estava muito fraco e com a pata decepada.

Enquanto eu procurava alguns números,a vizinhança se comoveu e tentou ajudá-lo, alguns traziam água, outros tentaram fazer tala com pedaço de madeira, mas ele perdera muito sangue. Passei alguns números como Polícia Ambiental, APRAP, enfim, minha cunhada ligava para Deus e todo muno e ninguém atendia, a polícia por exemplo recebeu 6 ocorrências da rua e nem para ir lá dar uma olhada, quando cheguei lá, vi ele no meio da rua agonizando, respiração funda, os músculos e o corpo todo dele tremiam.

Foto: Divulgação

Verifiquei os olhos e a boca e ele estava branco como gesso, perdera todo o sangue possível daquele corpo, sabia que ele não iria sobreviver, e naquele momento só procurava alguém para sacrificá-lo. Entramos em contato com um dos vereadores da Palhoça (SC) e posso dizer que é o único vereador que o Jardim Eldorado Palhoça tem pois em 6 minutos ele saiu de uma festa da comunidade e veio nos ajudar, mas mesmo ele e seus esforços não adiantaram, pois em um domingo que instituição quer trabalhar?

Joguei água pelo corpo para aliviar o calor pois ele ficou das 10 da manhã até as 13h da tarde agonizando debaixo do sol, os visinhos lhe deram água, mas no final não adiantou muito, pois fiquei sabendo que o animal estava vagando e sangrando pelo bairro desde quinta ou sexta e não teve ser humano para ajudá-lo, ele sangrou e desidratou até morrer.

Moradores improvisaram uma tala com um pedaço de madeira, para tentar estancar o sangue na pata ferida do animal (Foto: Divulgação)

Enquanto eu acariciava a cabeça e pescoço seus olhos reviravam e a respiração foi ficando cada vez mais agonizante, fiquei feito louca conversando com ele dizendo que logo ele estaria bem e ele morreu.

Livrou-se da dor, dos arreios, da carroça ou de algum idiota que o montava.

Não podemos deixar que este caso seja apenas mais um corpo enterrado pela prefeitura, temos que fazer barulho para quem sabe descobrirmos quem é o tutor do animal ou com ajuda da imprensa possamos exigir da prefeitura um centro de zoonose, e um projeto para legalizar a situação destes animais escravizados e torturados.

Foto: Divulgação

Neste mesmo bairro se andarmos nas ruas e casas são nítidos os casos de maus-tratos, infelizmente eu sozinha não posso fazer muita coisa, é necessário com ajuda da polícia e de ações jurídicas “atormentar” os tutores de cães, gatos e cavalos das redondezas.

Com alguns brasileiros só funciona assim, param de maltratar seu animal quando percebem que seu vizinho está sendo processado, precisamos de ONGs fortes e unidas, apoio jurídico para fazer policial levantar a bunda e atender um chamado de maus-tratos.

Expresso aqui minha indignação e afirmo que o ser humano é o câncer deste planeta.

Você viu?

Ir para o topo