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Pesquisadores desenvolvem bile sintética, mas governo chinês freia proposta

12 de março de 2012
2 min. de leitura
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Por Natalia Cesana (da Redação)

Urso torturado para extração de bile (Foto: Reprodução/La Stampa)

Continuam na China as polêmicas sobre a extração de bile de ursos, utilizada para a produção de alguns fármacos da medicina tradicional chinesa. De acordo com o jornal Global Times, um grupo de cientistas e pesquisadores afirma ter encontrado, há anos, uma solução alternativa que, como defendem os grupos em defesa dos direitos animais, evitaria a exploração, os maus-tratos e a morte dos animais.

Trata-se de uma bile sintética que teria as mesmas propriedades da natural, segundo informou o jornal italiano La Stampa. Zhou Jie, pesquisador de 85 anos que dedicou os últimos 30 a esta pesquisa junto a uma equipe de expertos, disse que seu desejo maior é que finalmente as autoridades aprovem a comercialização deste produto. Mas nem todos estão de acordo.

“Neste momento não existe condição de substituir a bile dos ursos pela sintética, pois ainda são experimentos em fase de verificação que ainda não foram aprovados”, declarou Wang Guoqiang, chefe da Administração de Estado para a Medicina Tradicional Chinesa.

O ministro da Saúde Chen Zhu disse, porém, que se fosse encontrada uma alternativa viável, os animais deveriam ser poupados e protegidos a fim de conservar a diversidade dos recursos naturais.

A prática de extrair a bile dos ursos para fins medicinais tem origens muito antigas e deriva da crueldade e da crença de que esta substância teria efeitos benéficos aos olhos e ao fígado dos homens. Mas há alguns anos, entretanto, as associações em defesa dos animais tem se oposto à prática, pois os animais são submetidos a verdadeiras torturas e em muitos casos acabam morrendo.

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