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Morre avestruz apreendido em sítio de bicheiro, no RJ

4 de março de 2012
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Morreu um dos avestruzes apreendidos pela Polícia Federal (PF) no sítio do contraventor Rogério Andrade, em Petrópolis. Segundo a assessoria do Zoológico do Rio, para onde os animais foram encaminhados pela PF, ele já chegou ao local com sinais de maus-tratos, mas a causa da morte ainda não é conhecida.

O veterinário Alex Lucas Spadetti, da Fundação RioZoo, que acompanhou a operação que apreendeu os animais, afirmou que não há dúvidas que eles sofreram maus-tratos.

– Não há dúvida de que os animais sofriam maus-tratos e viviam em condições inadequadas. Contavam com pouco espaço e alimentação aparentemente deficiente – afirmou ele.

De acordo com o delegado federal Fácio Scliar, chefe da Delegacia de Combate aos Crimes Ambientais, o avestruz, que tinha uma grande ferida no pescoço, era um dos animais em pior estado. Como a polícia não tinha condições logísticas de tirar todos os animais do sítio de Rogério Andrade, tirou apenas os em situação urgente. Entre os bichos em pior situação, Scliar se recorda ainda do veado:

– Ele estava há meses sob sol e chuva. Imagino que não deva estar tão bem.

O delegado afirma ainda que, com a morte do avestruz, a possível pena do contraventor, se condenado pelos maus-tratos, aumenta.

Segundo o Zoo Rio, os outros animais passam bem.

Bicheiro cruel com os bichos

Acusado de chefiar uma máfia que controla a exploração de caça-níqueis e suspeito de estar por trás de assassinatos, o contraventor Rogério Andrade foi alvo de uma investigação da PF relativa a crimes ambientais cometidos em seu sítio, na Região Serrana. Foi instaurado inquérito na quinta-feira, depois que agentes encontraram em seu sítio em Araras, em plena Área de Proteção Ambiental de Petrópolis, 31 animais em condições precárias, parte deles submetida a maus-tratos. Os bichos – como cervos nobres (africanos), lhamas, alpacas, emu e avestruzes – foram apreendidos. A PF investiga se parte deles teria sido importada pelo contraventor de forma ilegal, sem autorização do Ibama.

A Operação Bicho do Bicho foi deflagrada nas primeiras horas da manhã, quando os policiais ocuparam a propriedade, localizada numa área nobre.

Os policiais apreenderam seis cervos (um macho, duas fêmeas e três filhotes, todos africanos), duas lhamas e duas alpacas (espécies comuns nos países da Cordilheira dos Andes), uma emu (animal australiano da família do avestruz) e quatro avestruzes. Havia ainda na propriedade outras aves, incluindo algumas espécies silvestres ameaçadas de extinção (como um tipo de papagaio). Soltos ou presos em cercados, foram encontrados também galinhas chinesas, patos e perus de várias espécies. Rogério vai responder por cinco crimes ambientais. Se for condenado, a pena poderá chegar a 35 anos de prisão.

– Os animais estavam sofrendo maus-tratos e vivendo em condições precárias. Estamos abrindo inquérito para investigar todos os crimes ambientais – afirmou o delegado federal Fábio Scliar, chefe da Delegacia de Combate aos Crimes Ambientais.

Fonte: Yahoo

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