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Tartarugas e golfinhos são vítimas de pescadores em Itaparica (BA)

3 de março de 2012
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Golfinho foi encontrado morto nesta sexta-feira (02) (Foto: Reprodução/Correio)

Em mais um ato de agressão ambiental registrado na Ilha de Itaparica, foi encontrado na manhã desta sexta-feira (22) um golfinho morto na praia de Gamboa. Segundo biólogos da Organização Socioambientalista PRÓ-MAR, o animal, da espécie sotalia guianensis, possuía diversas marcas na cabeça, que, na avaliação inicial feita, teria sido provocada por rede de pesca. Em outubro de 2011, seis golfinhos foram encontrados mortos na mesma região.

Para o mergulhador científico da organização, José Carlos, o mamífero, que tinha 1,90 de comprimento, 43cm de largura e pesava 42kg, teria morrido recentemente. “O golfinho estava com marcas na região da cabeça, até o tronco. Muito provavelmente o animal ficou preso em redes de pesca e não resistiu, mas somente com uma necrópsia para precisar”, declarou. Foram coletados alguns dados do animal para serem enviados ao Instituto Mamíferos Aquáticos, antes de enterrá-lo.

Além dos golfinhos, as tartarugas marinhas também tem sido vítimas das atividades pesqueiras. Desde o começo do ano, pelo menos seis destes animais, segundo a PRÓ-MAR, foram encontrados mortos nas praias da Ilha. De acordo com o biólogo Ricardo Miranda, a falta de consciência associada a problemas como o acúmulo de lixo são as principais causas do problema.

“Esses animais costumam ficar presos nas redes e acabam morrendo. Quanto maior a quantidade de redes, maior é a probabilidade de golfinhos e tartarugas serem capturados acidentalmente. O lixo da Ilha e, principalmente, que vem de Salvador, é umas das grandes questões a serem resolvidas. Os animais podem ingerir esse produtos. Fora que é um situação que coloca em risco a própria saúde pública da comunidade”, explica.

Segundo ele, faltam mais investimentos públicos para melhorar as condições do local. “Precisa de mais catadores, da divulgação de mais informações. Os pescadores da Ilha aprenderem a sobreviver com a ação extrativista e mudar isso exige esforços maiores. Agora, queremos garantir pelo menos a limpeza das praias”, afirma.

Fonte: Correio

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