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Justiça julga caso de cadelinha mantida por vários anos presa em gaiola suja

25 de fevereiro de 2012
2 min. de leitura
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Por Natália Cesana (da Redação)

A PETA e alguns abrigos da Virgínia (EUA) enviaram ao governo um relatório das atividades de 2011, com o número de animais recebidos, quantos encontraram lares, quantos se reencontram com seus tutores, quantos foram sacrificados e quantos foram devolvidos à natureza. Como números não contam histórias, a PETA destacou um caso, o de Pepper.

Foto: Reprodução/PETA

A PETA possui um serviço de emergência que funciona a semana inteira, 24 horas por dia, mesmo que isso signifique acordar no meio da noite e dirigir por longas distâncias para atender a um chamado de sofrimento, abandono, negligência, abuso contra animais.

Por meses, a organização tentou envolver autoridades locais a agir contra uma mulher que mantinha a cadelinha Pepper sem os devidos cuidados. Ela precisava urgentemente de tratamento veterinário.

Quando a PETA conseguiu entrar no quintal da mulher, Pepper estava presa há anos em uma gaiola suja, definhando lentamente. A proprietária da casa, uma auxiliar de enfermagem, não se incomodou em oferecer dignidade e cuidados básicos ao animal.

Finalmente a PETA conseguiu a custódia de Pepper e a levou a um veterinário. O diagnóstico foi desidratação, emagrecimento severo, infecção ocular grave, hematoma crônico na orelha esquerda, dermatite crônica, infestação de pulgas (mais de 500 pulgas vivas mordiam o corpo do cachorro), uma espécie de cobertura nos dentes em decorrência das mordidas feitas na própria pele infectada, unhas tão compridas que já entravam na pele, causando uma infecção, e um grande tumor mamário.

Para Pepper, a eutanásia seria a forma de se livrar de todo o sofrimento vivido há anos, mas o voluntário da PETA que atendeu o caso decidiu ficar com ela até que ela escapasse desse mundo.

A PETA entrou com um processo contra Angela Williams, a ‘tutora’ da cadelinha, e este mês a Justiça considerou que a mulher é culpada por crueldade. O juiz afirmou que o tratamento dado a Pepper era tão imperdoável quanto saber que um dos pacientes atendidos por Angela tivesse escara há meses e não tomar nenhuma atitude.

Infelizmente, o caso de Pepper não é incomum. A PETA atende dezenas de animais que estão na mesma situação, ou até piores, todos os dias. Para muitas dessas almas sofridas, a única coisa a fazer é segurá-los, fazer um carinho, dizer o quanto são amados e deixá-los ir.

Por isso, se você souber de um animal acorrentado em algum quintal do seu bairro, por favor, faça algo. Diga ao dono da casa que o coloque para dentro e que o incorpore à família. Ofereça-se para levar o animal para passear. Denuncie casos de abuso e negligência. Leve o animal ao veterinário, para ser vacinado e vermifugado. Juntos vamos acabar com práticas cruéis como a que Pepper foi submetida.

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