EnglishEspañolPortuguês

Província italiana coloca vida de animais em perigo ao repovoar área devastada

21 de fevereiro de 2012
2 min. de leitura
A-
A+

Por Natalia Cesana (da Redação)

Foto: Reprodução/La Stampa

Centenas de lebres criadas em cativeiro morrerão. Este é o destino de cerca de mil animais que estão sendo liberados na natureza, na província de Taranto, sul da Itália, em condições atmosféricas adversas. A denúncia foi feita pela regional do WWF em Puglia, preocupado que o ato comprometa seriamente a sobrevivência dos animais. As informações são do jornal italiano La Stampa.

“Este massacre foi anunciado em decisão tomada pelo Comitê Técnico de Gestão da Caça de Taranto, com base na lei regional nº 27/98, que identifica com precisão cirúrgica as regiões destinadas ao repovoamento e o número de animais, a um custo de 180 mil euros”, diz o WWF.

Dias antes, o Comitê Técnico de Gestão da Caça de Lecce, também no sul do país, já havia anunciado intervenção similar a um custo de 90 mil euros. “Em nome da lei, são gastos regularmente centenas de milhares de euros para imolar seres que deveriam, de acordo com tais resoluções, repopular o território.”

Em carta endereçada ao prefeito de Taranto, Giovanni Florido, e ao presidente do Comitê Técnico, Pietro Binetti, o WWF pede que a operação seja urgentemente suspensa, pois será apenas para fins de caça e inadequada do ponto de vista econômico e financeiro.

“Estamos desconcertados com a decisão tomada por Taranto que, desafiando o bom senso, decidiu fazer um ambientalismo insustentável e economicamente questionável. Nós acreditamos que muito mais útil e eficaz seria o desenvolvimento da população de animais selvagens”, diz o presidente do WWF de Puglia, Antonio De Feo, em comunicado divulgado à imprensa.

“Hoje somos obrigados a denunciar o impacto ambiental negativo que haverá na província, devido à introdução de lebres criadas em cativeiro, destinadas à morte certa, pois correm o risco de serem colocadas em áreas inóspitas e sob condições meteorológicas proibitivas”, finaliza o comunicado.

Você viu?

Ir para o topo