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Peixe pré-histórico entra em lista de espécies ameaçadas dos EUA

6 de fevereiro de 2012
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População de esturjão caiu drasticamente devido a pesca (Foto: Flickr / anglerp1 /CC BY 2.0)

O esturjão do Atlântico, um peixe considerado como pré-histórico, foi acrescentado à lista de espécies em perigo dos Estados Unidos e sua pesca será proibida por mais de uma década. A decisão será publicada nesta segunda-feira (6) pela Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (Noaa, na sigla em inglês) e passa a valer a partir de 6 de abril.

De acordo com o Conselho de Defesa dos Recursos Naturais (NRDC, na sigla em inglês), um grupo ambiental dos Estados Unidos, a espécie do Atlântico existe há mais de 13 mil anos e seus antepassados teriam convivido com os dinossauros. Os animais alcançariam até quatro metros, com um peso de mais de 350 kg, e poderiam chegar aos 60 anos.

“Um peixe monstruoso, que nadou ao lado de dinossauros e depois sobreviveu à extinção em massa, nos traz a esperança de que, com a nossa proteção, irá sobreviver”, comemorou Brad Sewell, ativista do NRDC.

O número de animais da espécie caiu drasticamente no último século. Nos Estados Unidos, os esturjões desapareceram de 14 dos rios que costumavam habitar. Além disso, o número de locais onde ocorre a desova caiu praticamente pela metade, de acordo com a Noaa.

No rio Delaware, um dos habitats do esturjão do Atlântico, restam hoje apenas 300 fêmas adultas, de 180 mil existentes em 1890, apontou pesquisa da Noaa em parceria com o Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos.

A queda no número de animais é consequência principalmente da pesca para produzir caviar de esturjão, entre 1870 a 1950. Atualmente, as maiores ameaças à espécie são represas que bloqueiam a movimentação para locais de desova, baixa qualidade da água e pesca não intencional – quando pescadores acabam capturando o esturjão ao tentar pescar outros peixes.

Quatro tipos de esturjão do Atlântico foram listados pelo Noaa como espécies em perigo e um quinto foi considerado ameaçado.

Fonte: G1

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