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ONGs temem por bichos resgatados na área do Pinheirinho (SP)

6 de fevereiro de 2012
2 min. de leitura
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Organizações que cuidam de animais abandonados por ex-moradores do Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), temem que os bichos resgatados pela prefeitura após a desocupação da área sofram maus-tratos.

Segundo a Opar (Organização para Proteção de Animais de Rua), de São José, e a ONG Cão Sem Dono, de São Paulo, a prefeitura não revela para onde levou os animais nem que cuidados eles recebem.

Desde a operação que retirou há duas semanas os moradores da área invadida, grupos de voluntários vão ao local para alimentar ou resgatar cães, gatos, galinhas e outros animais deixados para trás.

Cuidados

A prefeitura anunciou ter retirado 240 animais da área, a maior parte deles sob responsabilidade da Animales, empresa contratada para fornecer moradia, tratamento e alimentação a curto prazo.

A administração não quis divulgar o endereço onde os animais estão, entretanto, alegando atender a um pedido da empresa.

“A impressão que tenho é que vão acabar sacrificando todos eles”, diz o presidente da Opar, Paulo Higashibara.

A dona da Animales, Shirley Lima, disse que abriga 180 animais do Pinheirinho em um sítio e que todos estão sendo bem cuidados. Ela afirmou que não divulga o local por questão de segurança.

O departamento de comunicação da prefeitura informou que ex-moradores do bairro interessados em reaver seus animais podem ir ao abrigo acompanhados por funcionários.

Esquecidos

Duas semanas após a desocupação do Pinheirinho, muitos animais continuam vagando pelo extenso terreno, de 1,3 milhão de metros quadrados.

Na quinta-feira, quando a reportagem visitou o local, cerca de 15 cães estavam em cercas improvisadas pelos voluntários em meio aos destroços, recebendo comida.

A aposentada Marilu Godoi, 54, lidera um grupo de mulheres que se definem como “protetoras independentes” e levam ração, procuram bichos em escombros e casas abandonadas e resgatam os mais debilitados.

No dia 26, a Folha acompanhou uma integrante do grupo salvando um filhote de cachorro em uma rua deserta do Pinheirinho. Os dois irmãos dele estavam mortos.

Agora, a preocupação dos voluntários é achar um novo lar para os animais já tratados, vacinados e castrados.

Fonte: Folha

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