EnglishEspañolPortuguês

Protetores se revoltam contra decisão de tutora de sacrificar gato baleado nas patas

9 de janeiro de 2012
2 min. de leitura
A-
A+

Foto: Reprodução/EP

Príncipe, o gato que levou um tiro de espingarda de um aposentado neste domingo (8) em Araraquara (SP), será sacrificado porque a família não tem dinheiro para pagar pela tratamento. A bala atingiu as duas patas do felino. A esquerda teve danos maiores e precisa ser amputada; a direita deveria passar por uma cirurgia ortopédica.
Assim que o gato foi baleado, a família o levou para um hospital veterinário. A médica Mariana dos Santos Lima atendeu Príncipe, raspou o pelo na região atingida, fez a imobilização, e aplicou um medicamento para dor. “A bala atingiu a região dos vasos e nervos, por isso [a pata] teria de ser amputada”, explicou.
O gato passou por um exame de raios X na tarde desta segunda-feira (9) e o próximo passo seria agendar os procedimentos cirúrgicos, mas a família não tem dinheiro para arcar com os gastos e decidiu sacrificar o animal. O valor pago pelos primeiros cuidados foi de R$ 364, enquanto a cirurgia ficaria em R$ 1,5 mil.
O veterinário responsável pela clínica que prestou o primeiro atendimento, Paulo Henrique de Souza Garcia, se negou a sacrificar o animal. “Nós cuidamos do gato e não vamos sacrificá-lo se podemos curá-lo”, contou em entrevista ao site Araraquara.com.
A tutora de Príncipe, que não quis se identificar, afirmou ao mesmo portal, que o sacrifício é a única opção que eles têm. “Nós não temos dinheiro para pagar pela cirurgia, então vamos encontrar um veterinário que possa sacrificar o animal”, afirmou.
Procuradas pela reportagem, várias associações de proteção aos animais se dispuseram a ajudar e iniciar uma campanha para arrecadar dinheiro. Carla Gait Vieira, da Associação Araraquarense de Proteção aos Animais (AAPA), disse que eles têm convênios com algumas clínicas e poderiam ajudar. “Podemos iniciar uma campanha e a arrecadar o dinheiro da cirurgia”, explicou.
Ainda assim, a tutora do gato não quis ajuda e ressaltou a decisão de sacrificar o animal. “Não estou disposta a iniciar nenhuma campanha, nem aceitar ajuda, nós já decidimos e vamos sacrificá-lo”, completou.
Fonte: EP Araraquara

Você viu?

Ir para o topo