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Mulher que matou mais de 30 cães e gatos em SP pode fazer parte de uma quadrilha

13 de janeiro de 2012
6 min. de leitura
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Marli Delucca
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A desconfiança original (ainda não descartada), era de que Dalva Lima da Silva, de 43 anos,  assassina de animais, e seus comparsas:
– Vendiam a carne dos animais para restaurantes;
– Vendiam a pele dos animais até para fora do país, para confecção de roupas, brinquedos;
– Vendiam o sangue dos animais para clinicas veterinárias e ritos satânicos.
Portanto se a mesma não for acusada de “Estelionato”, e ter o seu sigilo telefônico e bancário quebrados, não conseguiremos saber ‘quem realmente pagava para que os animais fossem mortos’, e quem se beneficiava financeiramente dessa crueldade.
Dalva recebia e às vezes cobrava dinheiro para supostamente vacinar/castrar os animais que matava. Prova disso é que em alguns gatos mortos encontrados no saco de lixo estavam com a barriguinha raspada, sinal de que foram castrados recentemente.
A matadora de animais Dalva Lima da Silva, é só uma integrante dessa quadrilha, que precisa ser desmembrada, e que precisa ser devidamente investigada, por conter indícios de que médicos veterinários estariam cientes dessa crueldade, já que compravam o sangue desses animais, para depois cobrarem exorbitantes somas de tutores os quais os animais necessitassem de transfusão de sangue.
Os animais mortos encontrados no saco de lixo, além de passarem pela perícia, para determinar a causa da morte, também vão oferecer pistas da procedência desses animais, caso estejam microchipados, que é o que ocorre quando são castrados em mutirões da prefeitura de São Paulo.
Por volta das 1h30, da madrugada, Juliana Bussab e Susan Yamamoto da ONG “Adote um gatinho”, foram até o local para tentar retirar os 11 gatos que ainda estavam vivos dentro da residência da matadora, o que não foi permitido e ocorrerá somente hoje com uma liminar de um Juiz, na qual a ONG ficará como fiel depositária dos animais.

(Foto: Divulgação)

Uma mulher identificada como Dalva Lima da Silva, de 43 anos, foi presa, no final da noite de ontem, na rua Mantiqueira, na Vila Mariana, zona sul de São Paulo, sob acusação de maus-tratos contra animais e crime contra a natureza. Pelo menos 39 animais, entre gatos e cachorros, foram encontrados mortos dentro de sacos de lixo, um deles na calçada, em frente à casa da vizinha da acusada.
Denúncia – Organizações não-governamentais (ONGs) protetoras dos animais, há 20 dias, contrataram um detetive particular após receberem denúncia de pessoas que entregavam os cães e gatos, achados na rua, para essa mulher, que se dispunha a cuidar dos bichos.
Os sacos de lixo contendo os animais mortos, segundo a polícia, eram colocados na porta das casas vizinhas, junto aos demais sacos, para não levantar suspeita. Tudo era levado pelo caminhão de coleta de lixo.
(Foto: Divulgação)


Por volta das 23h, o detetive testemunhou Dalva deixando um saco plástico em frente à casa vizinha. Policiais militares da 3ª Companhia do 11º Batalhão foram acionados e detiveram a acusada, que foi encaminhada para o plantão do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), no centro da capital. Na casa de Dalva, os policiais encontraram mais sacos e sedativos, que eram dados aos animais antes de ela matá-los. A maioria tinha o sangue retirado pela mulher, suspeita de realizar rituais satânicos.
Segundo a Polícia Civil, a mulher foi liberada porque o caso é considerado de menor potencial ofensivo. À polícia, Dalva Lima da Silva, de 42 anos, assumiu a responsabilidade por apenas cinco animais – ela afirmou os recebeu doentes e tentou tratá-los. Como não obteve sucesso, aplicou anestésico para que eles morressem sem dor.
Durante a madrugada, a polícia informou que foram encontrados os corpos de 33 animais na calçada de uma casa da Rua Mantiqueira, 168 Vila Mariana fone : 8223-9694, na Zona Sul de São Paulo.
E, numa nova contagem, verificou-se que eram 39 cadáveres – quatro cachorros e 35 gatos. Segundo ainda a polícia, Dalva não mora sozinha. Durante depoimento, segundo um dos policiais civis, a mulher, que não aparentava nenhum sinal claro de distúrbio mental, chegou a contar várias histórias diferentes. Ela assinou um termo circunstanciado de crime ambiental, podendo ser processada e condenada a uma pena de três meses a um ano de prisão.
Na delegacia, a mulher afirmou que há 13 anos resolveu, por conta própria, cuidar de animais de rua. Ela também disse que um abrigo de Diadema, no ABC, encaminhava animais doentes para que ela cuidasse.
“Ela disse que tentava conduzir os animais para ONGs, e era negado”, disse o delegado Wilson Correia Silva, da divisão de crimes contra o meio ambiente. “Ela admitiu que levou cinco animais a óbito, que segundo ela não estavam respondendo ao tratamento. Ela decidiu sacrificá-los, a aplicava anestésico. Os demais ela disse não saber como morreram, afirmou que não estavam sob seu cuidado.”
O delegado informou que será instaurado um inquérito para investigar o caso e que irá requisitar as imagens que o investigador particular afirmou ter das ações da suspeita. Os protetores de animais que contrataram o detetive também serão ouvidos.
Recolhimento de animais
A polícia determinou que os gatos que foram encontrados dentro da casa ainda vivos fossem recolhidos pela ONG “Adote um gatinho” – entretanto, o advogado da instituição afirmou que nesta manhã a casa estava fechada e não foi possível recolher os animais. “A PM preservou o local a noite inteira e há indícios de que haja alguém dentro, mas ninguém atende”, afirmou. O delegado Silva informou que deslocará uma equipe ao local para tentar resolver o problema.
O advogado da suspeita, Martim Lopes Martinez, confirmou a versão dada por ela à polícia. “Segundo ela, ela recebe cães e gatos doentes, de rua, e tenta tratá-los. Os que não conseguem sobreviver ela dá uma anestesia para que eles não sofram. Ela disse que ligava para várias instituições pedindo ajuda, mas isso era sempre negado”, afirmou o defensor. De acordo com ele, Dalva é viúva vive na casa com as filhas de 22 e 5 anos, e não trabalha – ela vive de uma pensão deixada pelo marido.
Por volta das 10h30, o G1 voltou a procurar Martinez para comentar a tentativa da polícia de retirar os gatos que ainda estão na casa de Dalva. O advogado, porém, não atendeu as ligações.
Assista à reportagem aqui .
Informações do Mural Animal .

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