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Malvadezas de Santa Catarina

17 de janeiro de 2012
Paula Brügger
16 min. de leitura
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A Farra do Boi, a Puxada de Cavalos, e o apoio dos intelectuais à farra…
Não vou falar aqui de festivais gastronômicos que envolvem a matança de animais como ostras, marrecos ou tainhas, típicos do estado de Santa Catarina, porque abater animais para comer é uma forma de violência institucionalizada, aqui e no resto do Planeta, como todos sabemos. A inclusão de tais temas tornaria este texto demasiadamente longo.
Vou tratar de apenas duas práticas truculentas que, sob a égide de “expressão cultural”, submetem animais à crueldade. Uma delas, já conhecida por muitos, é a farra do boi. A outra, é a chamada a puxada de cavalos, uma malvadeza inventada recentemente.
A farra e a lei
Há diversos textos excelentes que tratam da farra do boi. Mas, de forma sucinta, pode-se dizer que essa cruenta prática consiste basicamente na soltura de um ou mais bois que são perseguidos por dezenas, às vezes centenas de pessoas, grande parte das quais totalmente embriagadas.  Durante essa perseguição,  os animais são agredidos com pancadas e mutilados por objetos perfurantes ou cortantes, além de serem aterrorizados pelos gritos incessantes da multidão ensandecida. É preciso destacar que, na falta de bois (às vezes barreiras policiais têm sucesso em apreender animais destinados às farras), usam-se novilhos, vacas, bezerrões e mesmo cavalos [1]. Essa prática, adaptada de outras congêneres trazidas por imigrantes açorianos que se estabeleceram no litoral de Santa Catarina, foi expressamente proibida por meio de Recurso Extraordinário, por força de acórdão do Supremo Tribunal Federal, na Ação Civil Pública de nº023.89.030082-0, além de ser prevista como crime pela Lei 9.605/98 e pela Constituição Federal.
Apologia ao crime e “ignorância culta”
Para abolicionistas, protetores de animais, e mesmo bem-estaristas,  a farra do boi é algo abominável. Mas esse consenso, presente no seio de diferentes correntes relativas à nossa relação com os animais não-humanos, inexiste em muitos outros setores da sociedade. Há anos atrás, mesmo depois da proibição pelo mencionado acórdão do Supremo, um jornalista manifestou em sua coluna, num jornal de ampla circulação, o desejo de assistir a uma farra. Pior ainda foi um diretor de marketing da Santur (Santa Catarina Turismo SA) ter declarado publicamente, na mesma época, ser a favor da farra e que – pasmem – esta poderia se constituir numa atração turística! Este último foi notificado judicialmente pela Procuradoria da República de Santa Catarina. Não sei se chegou a ser processado por apologia ao crime.
Mas há outros setores da sociedade, em tese cultos e refinados intelectualmente, que consideram a farra do boi uma legítima expressão da cultura catarinense. Como exemplo, cito alguns professores universitários das áreas de Antropologia e História. No dia dez de janeiro de 2012, enquanto almoçava no pequeno e movimentado Shopping Via Lagoa, me sentei ao lado de uma professora universitária que é antropóloga. Nossa conversa foi muito agradável, mas, para minha decepção, declarou ela ser a favor da farra do boi. Não pude deixar de me posicionar imediatamente contra, é claro, mas o debate sobre o tema não foi possível porque ela, de fato, já havia dito que estava atrasada para um compromisso. Todavia, em resposta a dois argumentos meus, ela apenas disse que, como antropóloga, seu olhar era diferente. Eu conheço razoavelmente bem os argumentos dos antropólogos e os considero bastante frágeis porque se assentam ora numa visão antropocêntrica e especista, ora paternalista e demagógica (deixem o povo brincar!), ou ainda procuram banalizar a violência expressa na farra, ao compará-la com outras formas de violência, como se uma coisa justificasse a outra. Já travei há poucos anos atrás, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), um debate assim com um colega. Os links das minhas argumentações estão disponíveis para quem se interessar [2]. Há ainda os que nos asseguram que a farra não é uma prática violenta. Argumentam que os possíveis excessos que nela ocorrem são fenômenos recentes, distantes da “brincadeira” bucólica que pretendem ser a verdade dos fatos.
A defesa da farra do boi encontra-se, portanto, condenada aos limites de uma visão de ciência reducionista, pois não vêem seus defensores que estão justificando tal prática tomando como parâmetro o paradigma especista e antropocêntrico que domina nossa cultura e, é claro, suas áreas de conhecimento. Mesmo em não havendo violência (situação que não ocorre na prática), os animais não são nossos objetos de diversão. Imersos nessa racionalidade especista, esquecem-se esses doutores e doutoras de que essa mesma “bolha” paradigmática é apenas uma visão de mundo, uma razão, entre tantas outras. E se esquecem, sobretudo, de que o problema da razão é que por meio dela é possível justificar qualquer coisa, menos o seu próprio fundamento. Acham que podem tomar distância dos seus objetos de estudo e fazer uma ciência neutra. Ou não levam a sério o sofrimento indiscutível e concreto dos animais em questão. Tais intelectuais não se sentem confortáveis ao serem questionados se defenderiam o apedrejamento de mulheres como um traço cultural a ser preservado. Isso acontece, obviamente, porque são especistas, ou seja, bois e mulheres são vistos em suas diferenças e singularidades e não naquilo que têm em comum: a senciência.  A ciência deve questionar seus pressupostos filosóficos, rever suas “verdades” e redefinir as metáforas sobre as quais ergue seu corpo de conhecimento. Caso contrário, não será ciência, mas fundamentalismo.
Recentemente houve duas exposições na UFSC que fizeram, ainda que de forma velada, apologia à farra do boi.  Uma delas foi a exposição intitulada “Ilha Terceira e a Ilha de Santa Catarina: um paralelo iconográfico”, que ficou em exposição no hall da Reitoria da UFSC entre 22 de novembro e 02 de dezembro de 2011. A outra foi a exposição de desenhos denominada “Farra”, que teve início dia 21 de novembro e foi encerrada em 16 de dezembro de 2011. Ambas fizeram parte da 4ª Semana Ousada de Artes UFSC/UDESC [3].
Não é preciso ser expert em análise de discurso, ou análise de conteúdo iconográfico para perceber claramente que, embora em seu conteúdo manifesto tenha o discurso relativo às exposições citadas pretendido à neutralidade, em seu conteúdo latente houve apologia à farra em vários momentos tais como lamentar o seu fim; designar o termo “farra” como “criado por gente de fora”; chamar de brincadeira e relacionar ao contexto lúdico algo violento e covarde; fazer escárnio da impotência das forças policiais que precisam coibir a farra; exibir imagens de animais fortes, subjugando seres humanos, quando isso está longe da verdade, entre outros conteúdos tendenciosos de teor semelhante. Parte dos discursos relativos às duas exposições pode ser acessado no link indicado [4]. Mas vale destacar um trecho do texto sobre a exposição de desenhos “Farra” no qual se diz que: “O objetivo da exposição é fazer o registro das imagens, práticas, gestos e dizeres, signos das comunidades de base cultural açoriana, reunidas na brincadeira do boi, sem defender ou acusar”. No que tange a essa pretensa neutralidade, um ativista do grupo ONCA fez uma pertinente analogia: será possível fazer hoje uma exposição de corpos mutilados de judeus, pelo Nazismo, sem defender ou acusar? É possível tal neutralidade?
Entrei em contato com a Ouvidoria da UFSC solicitando que esta instituição não mais patrocine, seja conivente, ou  acolha em suas dependências exposições que fazem apologia a essa prática moralmente repugnante, como se esta fosse meramente uma expressão da cultura catarinense [5]. Não é possível tolerar a destinação de recursos públicos para promover tais práticas. É preciso que nossas instituições de ensino tenham mais critérios e não permitam que, em nome de uma pretensa tradição, se perpetuem os crimes contra a fauna e a apologia à violência. Tais exposições são ofensivas não somente às pessoas que abominam tal prática macabra, mas às forças policiais ridicularizadas no texto de pelo menos uma das exposições, que muitas vezes têm que enfrentar turbas de trezentas a quinhentas pessoas totalmente embriagadas, que abdicaram do exercício de suas cidadanias para cometerem atos bárbaros e criminosos.
Morrer e matar de fome, de raiva e de sede… Panis et circensis!
Os maus políticos (e alguns empresários) também estimulam a farra dando bois de presente aos farristas em troca de votos. É sabido que fazem “vaquinhas” entre si para comprar bois para o massacre. Tais políticos são os mesmos que votam pelo aumento de passagens, pela ocupação urbana desenfreada, pela destruição do meio ambiente. Destroem as vidas dos farristas e lhes dão bois para expiar seus pecados, bois para pagar pelo exercício de seus “podres poderes”, parafraseando Caetano Veloso. Mesmo quando não é severamente ferido ou mutilado, como ocorre na esmagadora maioria dos casos, o boi, em sofrimento psicológico, acaba morrendo ao tentar fugir, seja afogado, seja por cair de despenhadeiros nos acidentados terrenos do litoral catarinense, seja abatido a tiros pela polícia. Além disso, já houve casos de perdas de vidas humanas (farristas e não farristas) e destruição do patrimônio de pessoas contrárias à farra. A farra é, enfim, um grande “circo”, cuja energia poderia ser canalizada para a reivindicação de direitos, expressões artísticas etc. Quem estimula a farra não é “amigo” do povo. Quem ama seu povo lhe dá educação. Não “pão e circo”.
A puxada de cavalos e o “vale europeu”…
Nem a distância, nem a chuva fina que caía de forma intermitente durante o dia 13 de novembro de 2011, foram empecilhos para que dezesseis ativistas de quatro cidades do sul do Brasil mostrassem sua indignação frente à famigerada puxada de cavalos, na cidade catarinense de Pomerode. De Curitiba vieram nove ativistas do grupo ONCA, todos veganos; de Florianópolis três ativistas das ONGs OBA e SVB; e os demais das ONGs locais AMA Bichos, de Pomerode, e APRABLU, de Blumenau.
Tive a satisfação de estar entre esses manifestantes. Foi muito gratificante ter expressado nosso veemente repúdio a mais esse espetáculo primitivo, cruel e especista de forma pacífica e organizada. Para quem não sabe, a Puxada é uma prática que consiste em fazer com que cavalos, aos pares, sejam forçados a puxar cargas de até duas toneladas, sem rodas, o que lhes provoca intenso stress e lesões físicas graves, como deslocamento de articulações, etc. Os defensores da prática comparam os cavalos a atletas de alta performance e destacam que a Puxada é uma comprovação das atividades que os animais já realizam no campo, ou seja, não têm o menor pudor de dizer, em alto e bom som, que os animais são duramente explorados. A “competição” forçada seria uma forma de resgatar vivências e celebrar a história da colonização do chamado “vale europeu”. Argumentam ainda que criticar a utilização do cavalo no campo é uma forma de ignorância histórica porque o cavalo ajudou a garantir uma mínima qualidade de vida para os seus antepassados.
É preciso deixar claro, entretanto, para esses cidadãos, que não temos direito algum sobre os animais. O suposto direito que temos de matar ou explorar os animais para nosso proveito é tão ilegítimo quanto o suposto direito de políticos corruptos  apropriarem-se de recursos que não lhes pertencem em proveito próprio. Não é verossímil que alguém com um nível mínimo de inteligência e sensibilidade possa acreditar que aqueles cavalos realizam tais esforços hercúleos por puro prazer – como atletas de alto rendimento – ou para agradar aos pretensamente valorosos seres humanos. Em algum momento foram forçados a proceder daquela forma, certamente à custa de alguma forma cruel de coerção, como pancadas ou golpes de corrente. Por outro lado, se a intenção é a de simular as condições normais de trabalho no campo, por que, em vez de usar os escravos eqüinos, os defensores da celebração dessas raízes histórias não fazem uma competição entre si, para ver quem usa a enxada de forma mais eficiente? Isso também seria história. Para aqueles que desejam voltar ao passado e reviver a história (sic), recomendo que comecem abdicando de seus celulares, laptops e carros de luxo. Ignorância histórica é perpetuar a exploração de animais numa época em que podemos contar com tratores e automóveis 4×4, com centenas de cavalos vapor, ou seja, máquinas, não seres sencientes.
Nos momentos finais da nossa manifestação recebemos a insólita companhia de um defensor da Puxada. Era um jovem cidadão totalmente embriagado que repetia, a cada três minutos,  tal qual um disco de vinil arranhado, que o chamado “vale europeu”, em SC, começou com  “homem, mulher e cavalo”… – “Sabe como começou o vale europeu? Homem, mulher e cavalo!”, exclamava ele com o peito inflado e um olhar “vidrado”, típico dos alcoolizados. Nos intervalos de suas falas repetitivas o homem explicou que defende as puxadas porque tem um sobrenome alemão (sic) e frisou ainda, em um tom um tanto ameaçador, que era primo de um político influente na cidade. O fato de seu sobrenome de origem germânica ser uma razão para ser favorável à Puxada me lembra, irremediavelmente, outros posicionamentos semelhantes como “não posso deixar de comer carne porque sou gaúcho”, “sou a favor da farra do boi porque sou de origem açoriana”, ou pior: “defendo a farra do boi porque sou antropólogo (re-sic!)”. Como nas religiões, muitas pessoas fazem uso tão somente dos preceitos culturais ou científicos que lhes aprazem, adaptando-os às circunstâncias que lhes são convenientes e justificam, assim, as malvadezas que jazem em seus corações.
Em 2012, a esperança
Quase no apagar das luzes de 2011, mais precisamente no dia 22 de dezembro, a Justiça finalmente condenou cinco pessoas que agrediram brutalmente com socos, pauladas, pedradas e ovos um cinegrafista e um grupo de protetores de animais numa Puxada que ocorreu dia 18 de abril de 2010, em Pomerode.  As condenações variam de quatro meses a dois anos e onze meses de reclusão em regime prisional aberto, além do pagamento de R$ 760,43 para uma das vítimas da agressão. É importante destacar que, mesmo após duas cirurgias, a vítima em questão ficou com uma lesão permanente na perna em razão da violência sofrida em Pomerode. Para a presidente da Associação de Proteção aos Animais de Blumenau (Aprablu), que também foi agredida a pauladas, o próximo passo é proibir a Puxada através de um projeto de Lei que já existe [6].
Vislumbramos a possibilidade de que a hedionda Puxada, que tem pouco mais de uma década de “tradição”, seja em breve abolida. Enquanto isso não ocorre, continuaremos mobilizados e, se preciso for, faremos novos protestos na cidade que se auto-intitula a mais alemã do Brasil. Sugerimos que os promotores dessa “festa” que viola nossas mentes e corações, nossa Constituição e outras leis, incorporem novas práticas de cunho ético que florescem na Alemanha e outros países europeus. Sonhamos que, na esteira do Tierrechte (Direitos dos Animais), em breve haja uma manchete no jornal local, o Pomeroder Zeitung, anunciando a ilegalidade e o fim das puxadas de cavalos. Tierbefreiung! Libertação Animal!
A “farra do boi” e a “puxada de cavalos” são práticas moralmente indefensáveis que estimulam a violência e a covardia, pois submetem seres sencientes ao sofrimento físico e psicológico. Lamentamos ter que protestar constantemente contra atitudes antiéticas e que desrespeitam leis, tudo supostamente em nome do “gosto” e da “cultura” de alguns seres humanos. Mas os que são favoráveis a tais práticas defenderiam a manutenção de uma tradição gastronômica canibal, com igual isenção, caso fossem aprisionadas por povos assim para lhes servirem de refeição? Vale a máxima: “pimenta nos olhos dos outros é colírio”. Manifestações culturais envolvendo sofrimento sempre existiram. E sempre houve quem as defendesse. A manutenção de manifestações culturais desprovidas de preocupações de ordem ética não nos ajudará, entretanto, a construir um mundo melhor.
Encerro este texto citando as considerações da Profª. Irvênia Prada sobre a puxada de cavalos:
“É lamentável que a população do maravilhoso Estado de Santa Catarina permita que uma minoria de consciência adormecida persista na prática inaceitável da utilização de animais de maneira cruel e desumana, em deprimentes espetáculos chamados de diversão, como a farra do boi e, agora, as puxadas de cavalos. Como médica veterinária, sei que o esforço físico exagerado, que no caso é imposto aos cavalos nas atividades de puxadas (sendo obrigados a arrastar pesos de até duas toneladas por 10 metros), pode levar a um quadro de exaustão muscular conhecido tecnicamente como rabdomiólise, que se caracteriza por uma lise do tecido muscular, ou seja, uma destruição da estrutura muscular, o que resulta metabolicamente em insuficiência renal e sofrimento orgânico, que pode culminar com a morte. Há também, nestes casos, sobrecarga das funções cardiovascular e respiratória, com elevação da pressão arterial, além de sofrimento mental, o que ocorre pela situação de subjugação a que o animal se acha submetido. O ser humano, de inteligência tão pródiga na aquisição de tantas conquistas científicas e tecnológicas, já teria condições de recorrer à vivência de harmonia com os animais e outros elementos da natureza, o que certamente lhe dignificaria a personalidade. Sabendo também que o silêncio dos bons representa sempre um fator de engrandecimento das ações dos irresponsáveis, faço votos para que a população se insurja contra essa prática absolutamente inaceitável por todos os padrões de ética que se possam imaginar.”
Irvênia Prada, médica veterinária e professora emérita da Universidade de São Paulo (USP), autora dos livros A Alma dos Animais e A Questão Espiritual dos Animais.
Notas:
[1]: Certa vez, há anos atrás, um cavalo foi todo furado e queimado porque o boi que havia sido destinado àquela farra específica, fora apreendido numa barreira policial. Quando o proprietário do cavalo chegou com um veterinário para socorrer o animal, este teve que ser sacrificado. Dizem que o cavalo chorava como uma criança. Dois homens foram detidos porque já tinham passagem pela Polícia por violência doméstica.
[2]: Vejam, por exemplo, https://www.anda.jor.br/09/03/2009/a-farra-do-boi-e-uma-vaca-sagrada-uma-reflexao-iniciada-na-ufsc e https://www.anda.jor.br/08/03/2009/antropologos-antropofagos-e-antropocentrismo. A resposta do colega em questão não se encontra disponível aqui. Encontra-se publicado num boletim da Associação de Professores da UFSC.
[3]: Universidade Federal de Santa Catarina e Fundação Universidade do Estado de Santa Catarina.
[4]: Texto de um dos pôsteres da exposição Ilha Terceira e a Ilha de Santa Catarina: um paralelo iconográfico, denominado “A brincadeira do boi bravo”: Na ilha de Santa Catarina chamou-se “brincadeira de boi do campo”, “boi na vara” e atualmente “farra do boi”. Bastante combatida por entidades de proteção aos animais, é proibida por lei federal. O Estado de Santa Catarina foi condenado a coibir tal manifestação. Ficando caracterizado que cultura não se acaba por decreto, pois ela continua sendo praticada apesar da repressão policial. Sobre a exposição de desenhos “Farra”, veja http://nea.ufsc.br/2011/11/18/exposicao-a-farra-desenhos-lilian-martins/
[5]: Além disso, organizamos um abaixo-assinado: http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2011N18611
[6]: O projeto de lei mencionado foi proposto pela Deputada Estadual Ana Paula Lima. Para saber mais sobre a condenação dos agressores citados acesse http://pomerodenews.blogspot.com/2011/12/justica-condena-cinco-pessoas-que.html; ou ainda http://www.portalrcr.com.br/noticias/estado/31509-justica-condena-cinco-pessoas-que-agrediram-protetores-de-animais-na-puxada-de-cavalos-em-pomerode/pagina/33

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