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Ativistas australianos fazem greve de fome em baleeiro japonês

9 de janeiro de 2012
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Os três ativistas ainda a bordo de Steve Irwin, da organização Sea Shepherd (Foto: Sea Shepherd/Reuters )

Três homens da organização Forest Rescue Austrália, detidos neste fim de semana a bordo de um navio japonês, começaram uma greve de fome para tentar impedir a caça à baleia no oceano Austral. Camberra trabalha para sua libertação mas os ativistas arriscam-se a ser levados a tribunal.
Na noite de sábado, Geoffrey Tuxworth (47 anos), Simon Peterffy (44 anos) e Glen Pendlebury (27 anos) lançaram-se às águas num bote pneumático e conseguiram subir a bordo do navio japonês “Shonan Maru 2”, parte da frota nipónica que caça baleias naquele oceano, a 26 quilómetros das costas ocidentais da Austrália. Segundo noticia a australiana ABC, o trio queria assim pedir ao navio que os levasse de volta à Austrália e impedir que perseguisse o “Steve Irwin”, barco da organização ecologista Sea Shepherd.
Neste momento, os três homens estão detidos pela tripulação do “Shonan Maru 2”.
O Governo australiano tenta conseguir a libertação dos ativistas mas a ministra da Justiça, Nicola Roxon, não tem muitas esperanças de que estes não sejam levados para o Japão para serem julgados. “Esperemos não chegar a isso mas é preciso considerar essa hipótese”, dado que tudo aconteceu fora das águas territoriais australianas, disse ontem numa conferência de imprensa.
Nicola Roxon acrescentou que Camberra já pediu, através de vias diplomáticas, para falar com os três ativistas, mas “isso ainda não aconteceu”. “Estamos em negociações e esperamos ter a oportunidade, muito brevemente, de garantir que eles estão bem”, disse a ministra.
Segundo a ABC, os três homens estão a ser interrogados pela Guarda Costeira japonesa.
Em Tóquio, o Ministério japonês dos Negócios Estrangeiros declarou à embaixada australiana que lamenta estas “atividades de obstrução” e pediu “esforços à Austrália para impedir que se repitam”.
Todos os anos, o Japão organiza campanhas de caça à baleia sob o pretexto da “investigação científica” sobre estes cetáceos, aproveitando uma exceção à moratória imposta pela Comissão Baleeira Internacional desde 1986. Os países defensores das baleias e organizações ecologistas denunciam esta prática como uma caça comercial disfarçada.
Fonte: Ecosfera

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