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Universidade Estadual de Maringá (PR) recorre para voltar a usar cães em pesquisas

6 de janeiro de 2012
2 min. de leitura
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A Universidade Estadual de Maringá (UEM) prepara a contestação judicial de uma liminar que suspendeu a pesquisa com cães da raça beagle, realizada pelo Departamento de Odontologia. De acordo com a assessoria de comunicação da universidade, o departamento jurídico tem dois meses para entrar com o recurso, desde o recebimento da liminar, em 17 de outubro. A UEM deverá entrar com a contestação no último dia antes do final do prazo. Desde o recebimento da liminar, a pesquisa com os beagles está suspensa.
A suspensão da pesquisa faz parte de uma ação judicial, movida pela Promotoria de Justiça de Proteção ao Meio Ambiente de Maringá contra a universidade. O juiz da 5º Vara Cível de Maringá, Siladelfo Rodrigues da Silva, concedeu a liminar solicitada pelo promotor José Lafaieti Barbosa Tourinho. Ele alega na ação que os cães estariam mantidos em condições precárias de higiene no Biotério Central da UEM, onde são realizados experimentos na área odontológica.
Os cães ainda sofreriam intervenções sem anestesia adequada e, em caso de overdose de anestésicos, seriam sacrificados e incinerados. “Além de considerar que as próprias pesquisas com animais não são justificáveis, as condições de bem-estar deles não estão sendo atendidas”, afirma Tourinho.
Mistério
Ainda não foram divulgados os argumentos que a UEM pretende utilizar na contestação que prepara para apresentar à Justiça, que justificaria a continuidade das pesquisas com beagles. O Ministério Público afirma que existem métodos alternativos para testes nesse âmbito, sem o uso de cobaias animais.
Saiba mais
O promotor responsável pelo caso, José Lafaieti Barbosa Tourinho pediu este ano um parecer do Conselho Regional de Medicina Veterinária. O laudo condenou o tratamento dado aos cães na UEM – apontando maus-tratos que vão desde o procedimento pós-cirúrgico à hora da eutanásia.
Entre as irregularidades apontadas pelo conselho estão o uso de analgésico insuficiente para aplacar a dor dos animais, armazenamento de medicamentos vencidos e sacrifício dos cães, de modo a provocar sofrimento injustificado.
Com informações de O Diário

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