EnglishEspañolPortuguês

ONG busca proteger mamíferos aquáticos da Amazônia

3 de janeiro de 2012
2 min. de leitura
A-
A+

O peixe-boi da Amazônia (Trichechus inunguis), o boto-vermellho (Inia geoffrensis) e o tucuxi (Sotalia fluviatilis) são alguns mamíferos aquáticos da Amazônia que, atualmente, sofrem com a caça. Para cuidar de sua conservação, a ONG Associação Amigos do Peixe-boi (Ampa), que atua em parceria com o Laboratório de Mamíferos Aquáticos (LMA) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), passará a receber apoio financeiro da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza a partir do próximo semestre para realizar projetos de educação ambiental e de cuidados com a manutenção das espécies.
“Esse financiamento vai nos ajudar a expandir as nossas ações para as escolas da área do município de Manacapuru como parte do Programa de Educação Ambiental junto às comunidades ribeirinhas inseridas na área de reintrodução de peixes-bois da Amazônia. Trabalharemos não apenas com os alunos, mas também com os professores que poderão se tornar agentes multiplicadores na luta pela preservação ambiental desse mamífero aquático, endêmico de nossa região”, explica a coordenadora do Núcleo de Educação Ambiental da Ampa, Gália Mattos.
Os recursos permitirão que se execute a terceira edição do Programa de Reintrodução de peixes-bois da Amazônia. Na edição iniciada em 2011, três exemplares da espécie foram translocados para um ambiente de semi-cativeiro no município de Manacapuru, distante da capital amazonense 68 km, para se readaptarem às condições naturais do ambiente.
Redução de botos
Pesquisas, realizadas por cientistas do Inpa, através do Projeto Boto, mostram que a população de boto-vermelho vem diminuindo 10% ao ano, em algumas regiões da Amazônia. Uma das razões para essa redução, segundo estudos realizados na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá, distante de Manaus cerca de 700 km, é o aumento da matança para a pesca da piracatinga (Callophysus macropterus), peixe necrófago conhecido como “urubu d’água”. Os pescadores matam os botos para usá-los como isca na pesca deste peixe.
Por essa razão, a Ampa, em parceria com o Inpa, criou um projeto que tem o objetivo de mapear a pesca da piracatinga na região de Manacapuru e Beruri, incluindo a RDS Piagaçu-Purus, avaliando como e com que quantidade se dá a utilização dos golfinhos e as implicações desta atividade para a conservação das populações neste local.
Fonte: Terra

Você viu?

Ir para o topo