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Latindo aos corações

6 de dezembro de 2011
2 min. de leitura
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Não só por ser budista, mas acho esta época de Natal um pé no saco. Esse frenesi de comprar, comer peru (coitado), posar de bonzinho, uma puzta hipocrisia que nem Freud explica, mas o sistema capitalista sim.
Aprendi, porém, que chiar da arquibancada não resolve nada. Melhor é baixar a bola e chutar para o gol do jeito que puder.
Eu, jogador perna de pau, mais para simples gandula catador de bolas foras que ronaldinho, aproveito o clima natalino para vender meu peixe.
Literalmente explico:
Mesmo os tutores bem intencionados, costumam recolher a caca de seus cachorrinhos nas calçadas utilizando saquinhos plásticos de super mercado. E, assim, tiram a merda de um lado e jogam para o outro. Porque os plásticos vão parar nos rios e nos mares e matam os peixes por asfixia.
Em modesta e eficiente guerrilha, temos distribuído milhares de postais mostrando como fazer um pacífico e biodegradável saquinho cata-cocô com folha de jornal. E está tendo boa acolhida e bons resultados práticos.
De onde vem o vil metal para essa campanha?
Da boa vontade, do enorme coração das poucas pessoas de bem que ainda parecem existir na Terra, dinossauros sobreviventes desse ideal de mudar o mundo para melhor.
Cada exemplar do livro Poemas Que Latem Ao Coração vendido, vai direto para financiar os postais, os displays de acrílico em que eles ficam disponíveis e a mão de obra para esse trabalho contínuo de formiguinhas da cidadania e defesa dos animais.
A bela Luisa Mell (que apresenta o livro), o feinho Ulisses (que organizou), a guerreira Rosa (dona da editora), a vegana Nathália Lippi (que divulga e controla tudo), os poetas participantes (que doaram seus direitos numa boa), a Solange da empresa Quasar (“paitrocinadora” e cachorreira), enfim, um arquipélago de gente disposta a fazer sua parte no quadrado que lhe cabe nesse jogo cruel de viver tempos de transição em ambiente egoísta e hedonista.
E, hors concours, a Silvana Andrade, totalmente entregue à Anda, aglutinadora das boas intenções em prol dos indefesos animais, sem ganhar nada com isso a não ser as lambidas de gratidão dos seres sencientes não humanos que não podem falar.
Dando uma de Casas Bahia, sugiro que, se você vai dar um presente de Natal, dê o livro Poemas Que Latem Ao Coração. E dando uma de revista carasebundas, sugiro entrar em meu site www.ulissestavares.com.br e comprar por lá.
Dando uma de polishop, lá no site é mais em conta e vai autografado.
Tenho super pudor em caráter comercial, embora tenha de lidar com isso objetivamente pela condição de quem vive de literatura em um País ágrafo. Mas pelos bichinhos eu mergulho de cabeça e tudo.
Ah, sim, o livro é bonito e comovente pra caramba.
Ulisses Tavares assina embaixo de Gaston Bonnet  “Um cachorro é a única coisa na Terra que o ama mais que a ele mesmo”. Coisas de poeta.

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