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Serial killer volta a matar gatos no Cemitério do Araçá, em SP

29 de dezembro de 2011
3 min. de leitura
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Por Fernanda Franco (da Redação)

Foto de alguns gatinhos que desapareceram do cemitério em maio de 2010 (Foto: Arquivo Pessoal/Adélia Iurilli)

O terror continua pairando na região do Cemitério do Araçá, em SP – ao menos para os gatos abandonados que habitam o local.
Nesta semana, protetoras que frequentam o cemitério para cuidar dos animais relataram que foram encontrados cerca de seis gatos mortos, enquanto muitos estão desaparecidos.
Apesar da grande mobilização das protetoras de animais e das promessas das autoridades em resolver o caso, a matança de gatos que vem sendo denunciada desde maio de 2010 continua fazendo novas vítimas. Mais de um ano após as denúncias de assassinatos em massa de gatos (cerca de 80 mortos) , nada foi apurado.
Segundo a protetora Rosely Cometti, que atua há mais de 7 anos cuidando e resgatando animais do abandono, os gatos estão muito assustados. “Já encontramos 6 gatos mortos e muitos outros estão desaparecidos”, diz Rosely.
Rosely defende que a solução está na instalação de câmeras por todo o cemitério: “É a única forma de flagrar a ação desse criminoso. Se não instalarem câmeras, mais gatos vão continuar a morrer. É muito triste ver a falta de vontade das autoridades…”, diz a protetora, indignada.
“A lentidão da justiça torna tudo mais desesperador. Mais gatos estão morrendo, precisamos fazer alguma coisa”, lamenta a protetora.
Rosely parecia prever o triste caminho dos acontecimentos ao afirmar, em julho de 2010, que “enquanto não houver vigias à noite, os assassinos vão continuar até o último gatinho”.
Petição
Na época das primeiras denúncias de maus-tratos, foi criada uma petição pedindo às autoridades a apuração do caso e punição para o responsável pelos assassinatos. Para assinar, clique aqui.
Nota da Redação: Enquanto não houver no Brasil uma polícia eficiente, amparada em leis justas, que garantam a devida punição aos que praticam crimes contra os animais, todos os perfis de agressores continuarão agindo como bem entendem, fazendo novas vítimas, e causando grande sofrimento sem precisar responder por seus crimes. Temos também uma enorme deficiência no que se refere às ações de prevenção e políticas públicas contra o abandono de animais – como castração comunitária, atendimento veterinário público, programas constantes de adoção e reencaminhamento de animais abandonados, entre outras ações viáveis. Na tentativa de suprir essa necessidade, surge a ação de protetores independentes, socorristas e ONGs, que procuram dar conta do que não é feito pelo poder público. Esse desequilíbrio de atribuições retrata o quanto os animais domésticos são ainda pouco considerados no cerne da legislação brasileira e também na mentalidade de muitas autoridades. Defendemos a urgência de mudanças em três ações paralelas: prevenção do abandono e do desamparo de animais; que a legistação passe a considerar como de ‘maior potencial ofensivo’ os crimes contra os animais, e que, portanto, preveja penas severas para tais práticas; e, finalmente, uma severidade na aplicação das penas previstas por essas ‘novas’ leis. Esse é um dos caminhos que temos a trilhar para que possamos viver numa sociedade justa para todos os seres.

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