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ONG faz campanha para ajudar leão que sofria em zoo no CE

28 de dezembro de 2011
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Juba possui coloração escura em seu rosto; não se sabe se é em razão dos maus tratos ou por alguma doença (Foto: Célia Frattini/Divulgação)

A ONG Mata Ciliar, com sede em Jundiaí, no interior de São Paulo, realiza uma campanha na internet para ajudar a transportar de Fortaleza (CE) um leão chamado Juba, que está sob cuidados do Ibama após passar por maus-tratos em dois zoológicos diferentes. Com a colaboração da voluntária Célia Frattini, o objetivo é conseguir levar o animal para São Paulo até o mês de fevereiro de 2012.
Juba, 18 anos, morava em um zoológico particular, o Bwana Park, no Rio de Janeiro até 2001, quando o local foi fechado após mais de 100 animais serem encontrados mortos, enquanto outros passavam fome. Transferido para Fortaleza, apanhava de outros leões do zoológico local por estar debilitado. Após esse zoo também ser fechado, Juba foi levado pelo Ibama para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetea) da capital cearense, no qual permanece até hoje.
“Porém o Ibama não possui tratamento veterinário, por exemplo. Então, assim que fiquei sabendo da situação do Juba, tentei transferi-lo para algum lugar. A ONG Mata Ciliar possuía espaço e aceitou a ideia”, diz Frattini. “Mas o espaço, apesar de grande, precisa ser adaptado para receber um leão, então estamos juntando dinheiro para a construção”, completa.
Rita Azevedo, que faz parte da ONG, explica que o local tem população flutuante de cerca de 300 animais. Os bichos passam pela instituição após serem recuperados em áreas desmatadas ou do tráfico de animais. “A ONG realiza trabalho de recuperação. Caso não consigam se reabilitar, eles permanecem”, afirma. No espaço estão desde felinos até macacos.
O caso de Juba lembra o leão Simba, transferido também por iniciativa de Frattini em setembro deste ano. O leão, menor que Juba, estava em Ivinhema (MS) e foi levado para um centro em Cotia (SP). Animais pequenos possuem mais facilidade de transporte.
E essa é uma das questões que dificulta a tentativa de mudança de lar do animal. Segundo a voluntária, empresas aéreas foram consultadas, mas nenhuma se mostrou disposta a ajudar. Assim como lojas de construção e outras empresas. “Entramos em contato com mais de 30 empresas, mas nenhuma quis participar da construção do espaço na ONG. Estimamos que o valor total para a obra seja de R$ 60 mil”, diz Frattini.
Por meio do site da ONG e de campanha no Facebook, já foram arrecadados R$ 22 mil. “Inclusive com doações de fora do Brasil, com instituições que realizam trabalhos parecidos”, conta. Os interessados podem doar por meio de depósito em conta bancária (divulgada no site da ONG: www.mataciliar.org.br) ou pelo site de contribuições www.vakinha.com.br.
O projeto de construção já foi realizado, e os documentos que serão levados para a aprovação do Ibama devem ficar prontos em pouco tempo, segundo a voluntária. “A obra, assim que iniciada, deve durar 30 dias. Com a autorização do Ibama, só faltará uma maneira de levá-lo para Jundiaí”, completa.
Fonte: Terra

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