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População de renas é ameaçada por projetos industriais

25 de dezembro de 2011
2 min. de leitura
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Por Natalia Cesana (da Redação)

Foto: Reprodução/La Stampa

Exatamente na época em que as renas são mais lembradas, o Canadá traz péssimas notícias. Segundo informações do jornal italiano La Stampa, o maior rebanho de renas do mundo está diminuindo mais e mais. Segundo os nativos que habitam a península Labrador-Quebec, a diminuição dos animais é em decorrência de projetos industriais feitos em larga escala no território. Antes eram 800 mil, 900 mil animais, mas hoje são apenas 74 mil renas, uma queda de quase 90%.
As renas habitam a vasta região de tundras de Quebec e Labrador, na zona oriental do Canadá. Conhecidos na América Setentrional como caribu, nos últimos anos, uma vasta porção do território das renas tem sido abalada com uma série de enormes projetos. De acordo com os Innu, a exploração de ferro, os alagamentos provocados pela instalação de hidrelétricas e a construção de estradas têm provocado o desaparecimento de muitos animais.
“O caribu ocupa um papel central na nossa cultura, na nossa vida espiritual e na nossa sociedade, mas todos esses projetos de desenvolvimento que foram implementados em nosso território nos últimos 40 anos têm causado um impacto crescente no número de animais. E por isso, precisamos controlar diretamente nosso território e participar das decisões relativas às nossas terras e aos animais que aqui vivem”, explica Georges-Ernest Gregoire, chefe ancião dos Innu.
Outro membro da tribo, Alex Andrew, disse: “Segundo os nossos anciões, os animais serão os primeiros a sofrer com os efeitos de todos estes danos. A cadeia alimentar se romperá e muitos vão sofrer. Os projetos de desenvolvimento apenas criaram mais problemas para a sobrevivência dos animais.”
“Se estamos de verdade preocupados com o impacto que o mundo natural tem em nossas vidas e vice-versa, devemos começar a observar e a escutar os povos tribais. Eles sabem o que dizem. Para os Innu, as renas não aparecem apenas no Natal”, opinou Stephen Corry, diretor da organização Survival Internacional.

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