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Animais são para a vida inteira

14 de dezembro de 2011
3 min. de leitura
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Por Lindsay Pollard-Post (PETA/The Sacramento Bee)
Tradução por Natalia Cesana (da Redação)

Foto: Reprodução/ingham.org

Espiando debaixo da árvore, com uma fita vermelha em volta do pescoço, ele foi o melhor presente de Natal daquela manhã. As crianças brincaram de bola até que ele ficasse exausto, com a língua de fora e rabo abanando rapidamente. Eles desfilaram pelo bairro e dormiram juntos todas as noites. Com o passar das semanas, entretanto, ele deixou de ser adorado para ser ignorado. A família estava muito ocupada, jogando videogame ou correndo para o próximo compromisso, para se preocupar com ele.
Um dia, um homem colocou uma coleira nele. Um passeio de carro! Ele ia animado no banco de trás. Mas quando chegaram ao lugar, ele colocou o rabo entre as pernas, com medo. O homem o levou até um prédio em que se ouviam muitos latidos de cachorro. “Ele está ficando grande demais e nós não temos tempo para ele”, disse, entregando a coleira a uma mulher com olhar gentil. Ele até tentou seguir o homem, mas a porta se fechou no seu rosto. O homem foi embora sem dizer adeus.
Esta é a triste história de um sem número de gatos e cachorros dados como “presentes” de Natal e descartados depois que a novidade acaba. Todos os anos, feriado após feriado, abrigos de todo o país lutam para acomodar os novos animais abandonados. Os que terminam nos abrigos são sortudos, pois receberão cuidados e terão a chance de serem adotados por uma família diferente, que os ame pela vida inteira.
Os menos afortunados ficam jogados em quintais, acorrentados junto a bicicletas velhas, sem nada para fazer. Outros são abandonados no interior, onde passam fome, frio e correm o risco de serem atropelados.
Mesmo que seja certo que a pessoa está preparada para cuidar de um animal, é fundamental que você resista à tentação de dar uma vida como presente. Incluir um gato ou um cachorro em uma família significa assumir o compromisso de oferecer cuidado e amor para, no mínimo, os próximos 15 anos. Significa também encontrar um animal compatível com as atividades, experiência, personalidade e habilidade da pessoa. E esta é uma decisão que você não pode fazer por ninguém.
Se você está pensando em dar de presente para si mesmo um animal, adie até que a agitação das festas passe. Animais precisam de tempo, atenção, paciência e dinheiro – e todos estes itens estão escassos nessa época. Com festas, eventos e compras preenchendo a maioria do tempo das famílias, um novo animal seria negligenciado e sofreria. Deixá-lo horas sem nada para fazer, sem ninguém para brincar ou o levar para passear são sinônimos de mobília estragada, cortinas arranhadas, carpetes sujos e uma punição injusta.
Colocar um filhote de cachorro ou de gato embaixo de uma árvore não é presente para ninguém. Mas se você tiver certeza que você ou qualquer outra pessoa está preparada para dar a um animal um excelente lar, sigam juntos a um abrigo depois das festas e escolham um companheiro para a vida toda, não apenas para o Natal.

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