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Tutor de cães que foram esfaqueados registrará BO contra agressor, em Brasília

11 de novembro de 2011
3 min. de leitura
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Na manhã de ontem (10), o jornal Correio Braziliense voltou ao Módulo B da Instância Planaltina, em Brasília, onde dois animais foram esfaqueados por Francisco Júlio Fialho, 34 anos. O rottweiler morreu ontem, e o pit-bull na véspera. . A família de Diego, segundo testemunhas, mora na casa do tutor dos cachorros, mas não foi localizada. O tutor dos animais, Hilberto Ferreira, informou que Maiara Ribeiro de Sousa, 23 anos, cuidava do Box (pit-bull), 10 anos, e do Negão (rottweiler), 2, havia cerca de sete meses. “Eles nunca tinham atacado ninguém. Diariamente, umas 20 pessoas circulam pelo lote e brincavam com eles”, contou o comerciante. Hilberto informou que vai registrar ocorrência contra o pai de Diego, responsável pela morte dos animais. “Eles (os cachorros) estavam há muito tempo com minha família”, lamenta.

No momento do suposto ‘ataque’, o menino estava sozinho em casa. A mãe havia saído para deixar uma outra filha na escola. Maiara Ribeiro chegou pouco depois.Dois policiais militares que passavam pelo local afastaram os cães da criança.

De acordo com a médica veterinária Tânia Paula Garcez, da Universidade Católica de Brasília (UCB), cães de raças como rottweiler e pit-bull podem ser muito dóceis, dependendo do tipo de tratamento que recebem dos tutores. “Mas tudo depende da criação. Alguns cachorros considerados perigosos convivem muito bem com crianças. O importante é proporcionar um ambiente agradável aos animais. Afinal, animal bem cuidado e que recebe carinho não tem motivo para ficar estressado e atacar”, disse. A veterinária explica que, durante um ataque, os cães avançam especialmente na cabeça e no pescoço, como aconteceu com o menino Diego. “O cheiro de sangue estimula os animais.”

Funcionários do HRP contaram que a criança deu entrada no hospital logo após ser atacada. Ela apresentava lesões no pescoço e na cabeça, mas ficou em observação e levou pontos na orelha. “Ele não precisou passar por cirurgia. Foi liberado hoje (ontem) pela manhã e está bem”, informou um servidor.

Para a coordenadora nacional da ONG Criança Segura, Alessandra Françoia, a melhor forma de evitar acidentes como esse é fazer uma educação preventiva. “A criança não tem condição de entender que um cachorro não sente dor, por exemplo. É possível educá-la para ela aprender a brincar com o animal, mas sempre que for interagir tem que ter um adulto junto”, explica. A coordenadora ressalta a importância de manter as crianças sempre sob o olhar dos pais. “Não aconselhamos deixar crianças com cachorros bravos, porque elas sozinhas não têm medo de mexer.”

A 16ª Delegacia de Polícia, em Planaltina, investiga o caso. Segundo a delegada-chefe adjunta, Adryane Fernandes Lobo, os investigadores vão colher depoimentos de todas as pessoas envolvidas. “Vamos verificar as situações para atribuir a responsabilidade de cada um, mas é possível que a mãe do menino responda por abandono de incapaz. Porém é preciso apurar tudo com calma”, informou a delegada.

Dicas dos veterinários

Cuidados necessários para manter os cachorros em bom convívio com os humanos e oferecer aos animais uma boa qualidade de vida:

» Oferecer um ambiente de bem-estar
» Alimentar com ração de boa qualidade
» Passear com os animais
» Mantê-los em espaço amplo, onde possam se movimentar sem coleiras
» Manter vacinação em dia
» Dar banhos a cada 15 dias

Com informações do Correio Braziliense

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