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Ibama apreende estacas de sabiá e armadilhas

3 de novembro de 2011
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Fiscalização será intensificada no sentido de coibir os crimes ambientais que ocorrem na região Centro-Sul

Arapucas utilizadas para a captura de avoantes também foram apreendidas pelos fiscais do Ibama (Foto: Divulgação)

Fiscais do escritório regional do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), nesta cidade, localizada na região Centro-Sul, nos últimos dias, apreenderam cinco caminhões transportando estacas de sabiá. O Ibama também decidiu ampliar até o fim deste mês o combate à caça de avoante em áreas de alimentação no entorno da Bacia do Açude Orós, nos Municípios de Quixelô e Iguatu.

Na mais recente operação, foram queimadas 12 mil arapucas (armadilhas de madeira para captura das aves), na localidade Gaspar, na zona rural de Quixelô. Nos meses de setembro, outubro e novembro ocorre a migração de avoante ou pomba, pássaro da fauna nordestina, para o entorno do Açude Orós, na região Centro-Sul, com o objetivo de se alimentação em áreas de plantio de arroz irrigado nas várzeas do reservatório. Os caçadores aproveitam o fluxo migratório e instalam centenas de armadilhas para captura das aves, nos pombais de alimentação, nas várzeas do Açude Orós.

Fiscalização

A maioria das localidades já é conhecida pelos fiscais do Ibama, que a cada ano tentam combater o comércio de avoantes. A demanda nos centros urbanos favorece e motiva a ação predatória dos caçadores.

Apesar da fiscalização, as aves mortas são comercializadas com intensidade em Municípios da região Centro-Sul, principalmente nas cidades de Iguatu, Acopiara, Quixelô e Orós.

“A população aprecia o consumo de avoantes e falta consciência ecológica de que essas aves são protegidas pela legislação”, observou o professor de Geografia, Paulo Nascimento.

“Enquanto houver forte interesse comercial, dificilmente a prática cruel será combatida”, ressaltou Nascimento.

Neste ano, houve apenas uma ação de captura de armadilhas, no início deste mês. Estima-se que em outras áreas ocorra a prática de caça criminosa à ave.

O chefe do Escritório do Ibama, em Iguatu, Fábio Bandeira, disse que a operação, denominada “Zenaida”, em referência ao nome científico do pássaro, vai prosseguir até o fim deste mês de novembro. “Vamos realizar ações de surpresa na região e também faremos fiscalização a partir de denúncia de moradores”. A operação de combate à caça  da avoante conta com a participação de agentes da Brigada de Incêndio PrevFogo do Município de Acopiara. “Na própria área onde ocorre a apreensão das arapucas é feita a queima das armadilhas, por isso é necessário um controle desse fogo”, explicou Bandeira.

Ainda de acordo com Bandeira, neste ano diminuiu o consumo de avoantes em bares e restaurantes da região, em comparação com o mesmo período do ano passado. “Nós também fiscalizamos a comercialização dessas aves e temos observado que houve uma redução”, disse.

Com informações do Diário do Nordeste

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