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Onça-parda fica mais de 7 horas no alto de árvore até ser resgatada no PR

25 de outubro de 2011
3 min. de leitura
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Onça ficou em árvore desde às 10h30 desta segunda (24). (Foto: Christian Camargo/Divulgação)

A Polícia Militar Ambiental informou que a onça-parda encontrada em Tibagi, no Paraná, ficou mais de sete horas no alto da árvore até ser resgatada, na noite de segunda-feira (24). O resgate durou cerca de três horas e após a retirada ela foi encaminhada para uma reserva ambiental.

Participaram da ação a Polícia Militar Ambiental, Corpo de Bombeiros e biólogos da Usina de Mauá, em Telêmaco Borba, município vizinho de Tibagi. O animal foi sedado minutos antes com quatro doses de tranquilizante.

A onça apareceu durante a tarde no telhado da casa de um dos moradores. “Eu e meu esposo estávamos dentro de casa. Percebemos a ‘visita inesperada’ quando ouvimos o latido da cadela. Quando olhamos para cima, avistamos a fera” contou a dona de casa Nair Souza.

A Polícia Ambiental foi acionada, foi quando o animal saltou para o alto da árvore. A fêmea pesa 40 kg e tem um ano de idade.

Assista ao vídeo.

Onça deve ser solta nesta quarta-feira

Quase nove horas depois de ser avistada no alto da árvore a onça-parda que chamou a atenção dos moradores foi finalmente resgatada por equipe de biólogos e veterinários que trabalham na obra da Usina Mauá, em Telêmaco Borba.

Os especialistas tiveram de usar quatro dardos com sedativo para tentar imobilizar a Suçuarana, que despencou do galho no final do dia (segunda-feira, 24) e foi acolhida numa rede. Apesar de ter reagido e se debatido bastante, o felino que pesa entre 25 e 30 quilos foi capturado e levado a uma reserva ambiental na cidade vizinha.

Damil de Azevedo Filho, biólogo que participou do resgate, conta que o animal tinha um ferimento pequeno no pescoço e receberá atendimento especializado. “Nenhum dos quatro dardos penetrou bem a pele dela. Cada dardo soltou um pouco do anestésico no animal. O resgate foi bastante complicado porque em situação de estresse, o animal libera grande descarga de adrenalina”, relata.

A onça, também conhecida como Puma, ficará em observação por 48 horas e depois receberá nova avaliação médica. “Se o bicho não tiver lesão e seu estado de saúde for favorável, ele deve ser solto ainda nesta quarta-feira [26] na própria reserva”, garante o soldado Evaldo Correia, da Polícia Ambiental/Força Verde.

Além da equipe de biólogos, dois policiais da Força Verde participaram da ação de captura. Com uma escada, um deles tentou resgatar a onça no topo da árvore, mas ela fugiu e buscou abrigo em outra árvore. “É um animal com entre 10 a 12 meses de vida e bastante arisco”, relata Damil.

“É uma filhote, mas já não é totalmente dependente da mãe, está desmamada e sabe caçar”, defende, ressaltando que ela deve se adaptar novamente à vida na mata. “A reserva em que será solta tem grande quantidade de mamíferos de pequeno porte, que servem de alimentação”, acredita.

Para ele, acostumado a capturar animais na área da construção da usina, a situação foi inusitada. “Já vi onças passando perto do carro, mas ter contato mesmo foi a primeira vez. Um animal desse, predador, topo de cadeia, felino, é difícil de encontrar e vou lembrar sempre, carregar essa experiência para o resto da vida”, revela.

Com informações do G1 e Paraná Online

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