EnglishEspañolPortuguês

Anhanguera e Bandeirantes somam quase mil cães mortos

13 de outubro de 2011
2 min. de leitura
A-
A+
AutoBAn também recolhe os animais, os encaminha para o veterinário e tenta encontrar um lar para eles. Foto: Thomaz Mostergan/ Metro Campinas

Perdidos e abandonados pelos centros urbanos que cercam o sistema Anhanguera-Bandeirantes, os cachorros acabam na beira das estradas em busca de restos de alimento para sobreviver. Porém, se a alta velocidade dos carros já é um perigo para as pessoas, imagine só para um cão.

Segundo a AutoBAn, até setembro deste ano foram retirados 968 cães mortos de ambas as rodovias, ante 1,5 mil em 2010. O número de animais vivos é bem menos expressivo, sendo 161 cachorros em 2011, ante 251 durante todo o ano passado. Em relação aos acidentes envolvendo animais, este ano já foram registradas 117 ocorrências. Desse total, 43 foram cães atropelados.

As regiões onde os animais são encontrados com mais frequência são São Paulo, Grande São Paulo, Jundiaí, Campinas e Americana.

Sensibilizada com o abandono dos cães e preocupada com o risco iminente que corriam de ficar na beira das rodovias, a assessora de imprensa da AutoBAn, Jenny Magalhães, começou, por conta própria, a abrigar esses cães, tratá-los e colocá-los para a adoção.

Ela se define como uma protetora independente. Hoje, Jenny tem 17 animais vivendo na casa dela. Dois deles estão para a adoção. “Decidi abrir mão de várias coisas para cuidar de animais, pois não consigo assistir de forma passiva à realidade dos animais de rua”, comenta.

Adoção esbarra em tutores sem preparo

A técnica judiciária Cláudia Victorelli, 40 anos, também é uma apaixonada por animais e há 12 anos tenta fazer a sua parte para ajudar cães abandonados. Sua casa abriga dez cachorros que ela encontrou na rua. Todos foram ou estão em tratamento e, antes de serem doados, são castrados. Os gastos saem do salário de Cláudia e da ajuda de amigos. “É uma questão de consciência”, diz. Mas a dificuldade está em achar um tutor que entenda que cachorro dá gasto. “Tem vacina, ra- ção, remédios e por aí vai.”

Fonte: Metro Campinas

Você viu?

Ir para o topo