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300 cães e gatos esperam uma oportunidade de adoção em feira

10 de outubro de 2011
3 min. de leitura
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Foto: Reprodução/ DN

Parecem de pelúcia, mas alguns trazem consigo histórias de vida que são um verdadeiro filme de terror. Dispostos a amar incondicionalmente, 300 cães e gatos esperam pela sua derradeira oportunidade no relvado dos jardins de Belém, em Lisboa.

A iniciativa é da Liga Portuguesa dos Direitos do Animal (LPDA) que, anualmente, reúne no local, as associações que trabalham para o bem-estar dos animais, que os resgatam do sofrimento.

Na campanha de adoção deste ano, são 300 candidatos, entre cães e gatos. Porém as adoções são muito raras, para lamento da presidente da LPDA.

“Infelizmente, são muitos mais os animais para adotar do que os adotantes”, disse Maria do Céu Sampaio, que, contudo, ressalva a importância destas adoções só se realizarem por pessoas responsáveis e com “a plena consciência das implicações de ter um animal”.

Amor aos animais

Nos cercados improvisados que desde sábado cobrem o relvado daquele jardim histórico da capital, as associações mostram os seus cães e gatos, contando a sua história e chamando a atenção para as suas necessidades.

Patrícia, uma voluntária da associação AMIAMA, na Amadora, para quem a única dificuldade deste seu trabalho é gerir o tempo, contou à agência Lusa que alguns dos animais chegam à organização em “muito mau estado”.

“Há histórias tristíssimas de animais que quando chegam à AMIAMA passam as primeiras semanas com medo constante, sem comer nem confiar, tal a forma como foram tratados”, disse.

Para Patrícia, passar algum do tempo livre com estes animais, nem que seja o suficiente para dar uma festa ou um passeio a um cão ou gato, contribui para “olhar a sociedade de uma outra maneira: a pensar nos outros”.

É esse o pensamento que guia Mário Fonseca, um estudante de Medicina Veterinária que desde sempre gostou de animais e que hoje reúne mais de 400 em uma chácara.

“Todos os animais – cães, gatos, cavalos, porcos, cabras, ovelhas, galinhas – foram resgatados de maus-tratos e negligência”, contou à Lusa aquele que é conhecido por outras associações animalistas como o “anjo”.

Este defensor da causa animal reconhece as dificuldades, até porque semanalmente os custos com a alimentação chegam a 500 euros, mas acredita que o trabalho de todos demonstra que é possível melhorar a vida dos animais.

Adoção

João Fernandes, nove anos, realizou um sonho ao adotar a “Coração”, uma cadela preta que veio “aumentar a família”.

Sem esconder o entusiasmo, João Fernandes disse à Lusa que sempre quis um cão e que está mais que preparado para esta função. “Sei que tenho de passeá-la, dar comida e banho”, afirmou, lamentando que existam “tantos animais que precisam de uma casa para morar”.

Também Sofia, nove anos, viu hoje concretizado um sonho, com a adoção do “Rafa”, um cão castanho e irrequieto que tinha sido encontrado abandonado, juntamente com dois irmãos.

Agora, deverá ser “a estrela da companhia” na casa de Sofia, uma pequena tutora que reconhece não ser fácil cuidar de um cão, mas garante estar “preparada” para a tarefa.

Fonte: DN

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