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Comércio de jacaré e animais silvestres envolve servidores do Ibama e outros órgãos

8 de outubro de 2011
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A Polícia Federal deflagrou ontem, a partir de Campo Grande, a Operação Caíman, com a finalidade de promover a coleta provas que subsidiarão uma investigação em andamento, que apura a venda de animais silvestres nativos da região pantaneira, em especial, o jacaré. De acordo com a polícia, a prática irregular contava com o envolvimento de funcionários do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, das Cidades, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia (Semac).

Em atendimento a determinação judicial, a PF cumpriu na manhã de ontem sete mandados de busca e apreensão, sendo seis em Campo Grande e um na cidade de Aquidauana, a 120 quilômetros da Capital. Os materiais apreendidos servirão para subsidiar uma investigação em andamento que apura venda, exposição, permanência do animal em cativeiro, depósito ilegal e transporte irregular de jacarés.

Em Campo Grande, as buscas e apreensões foram feitas nas residências e locais de trabalhos dos servidores públicos envolvidos do Ibama, Imasul e Semac. Já em Aquidauana, o mandado foi cumprido na Gerência de Planejamento, Habitação e Urbanismo do município. Funcionários dos órgãos investigados foram impedidos de entrar nos prédios em função do trabalho da polícia. Todo material apreendido foi encaminhado para a superintendência da polícia, na Capital, e em seguida levado para o setor de perícias da PF. A operação contou com o envolvimento de mais de 30 policiais.

Indícios

Embora a investigação não tenha sido concluída, já ficou evidenciado o envolvimento de servidores públicos, em especial, do Ibama. Conforme informações repassadas pela PF, A.K.B.Z. foi presa em 17 de agosto depois de ser flagrada transportando cerca de 100 jacarés abatidos. A carne do animal estava acomodada em isopores. A acusada é filha de G.Z.B., funcionário do Ibama que, na época da prisão, era quem controlava e fiscalizava as licenças ambientais expedidas pelo instituto.

Após a prisão da mulher, a fazenda da família do servidor público foi vistoriada. Foi constatado que na pousada funcionava ainda um criadouro de jacaré em condições irregulares. As ilegalidades resultaram em multa de R$ 300 mil.

Fonte: Correio do Estado

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