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Adotar é a maior contribuição com causa animal, mas há outras formas de ajudar

6 de outubro de 2011
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Retrato do antes e depois do cão ‘Negão‘ simboliza a causa animal em Pernambuco. Animal foi retirado dos tutores em agosto e agora, quase cinco quilos mais gordo, está disponível para adoção. Foto: Tereza Maia/DP/D.A.Press

Em comemoração à semana em que se comemora o dia de São Francisco de Assis, eventos e celebrações marcam a homenagem ao frade conhecido como o patrono dos animais e meio ambiente. Para dar início ao momento de reflexão proposta pela vida do santo católico, os frades capuchinhos do Convento São Félix de Cantalice, no bairro do Pina, no Recife, abençoaram os animais dos fieis para que tenham proteção divina. Neste sábado, organizações de defesa dos animais realizam, no Parque da Jaqueira, também na capital pernambucana, o Dia Mundial contra a Crueldade Animal, uma feira-protesto que ocorre simultaneamente em 70 cidades do mundo, a partir das 16h.

Fora dos momentos de celebração inspiradas por São Francisco, defensores dos animais trabalham, diariamente, em todo o estado, com ou sem a intervenção do santo. O trabalho, que envolve cuidados e buscas para lares de animais apreendidos ou abandonados é cansativo e envolve uma grande mobilização por parte de voluntários. “O dia incentiva porque queremos iluminação para continuar com esse trabalho, que é duro e que é realizado em cima de tanto sofrimento. Só é gratificante mesmo quando conseguimos resolver alguma coisa e realmente cuidar de um animal, aí o sentimento é de satisfação”, fala Goretti Queiroz, que se dedica quase integralmente à causa animal.

Um caso emblemático, que resume bem a atuação do movimento animal no estado é o do cão ′Negão`. Ele foi encontrado desnutrido e amarrado em uma das residências de um casarão da Avenida Norte, no Recife, onde vivem diversas famílias em condições subumanas de vida. A denúncia foi realizada pelo Diario de Pernambuco no mês de agosto e o cão acabou sendo tratado em uma fazenda de Vitória de Santo Antão. A avaliação das ONGs foi de que os antigos tutores não teriam condições de tratar bem do animal e agora, quase cinco quilos mais forte, o cão será colocado para adoção.

Para contribuir para a causa animal, não é preciso muito mais do que boa vontade e grandes `doses` de dedicação. Essa é a receita de Jaime Andrade Medeiros, de 33 anos, fundador do Pet.PE, que funciona em Candeias, na cidade de Jaboatão dos Guararapes, há quatro anos. Segundo ele, cerca de cinquenta pessoas, todas as semanas, aos sábados, participam de um banho de uma média de 55 animais que a ONG disponibiliza para a adoção. “Participam crianças e idosas, não tem distinção. Quem não pode adotar, contribui mesmo assim. E é um sentimento bom porque eles dão uma resposta ao nosso carinho e provam que merecem nosso sentimento”, afirma. A ONG, localizada na Avenida Beira Mar, 5794, tem uma média de 40 adoções mensais e realiza uma feira de exposição dos bichos por quinzena. O próximo evento já está definido: dia 18 de outubro, na Chesf, no bairro de San Martin, no Recife.

Até quem não quer se molhar ou não tem disponibilidade de participar de uma iniciativa do gênero aos sábados, pode optar por contribuir ajudando o Ibama. Um total de 517 filhotes de aves, entre papagaios e maricatas, foi apreendido na cidade de Salgueiro. Os animais seriam vendidos e acabaram trazidos ao Recife para que possam ser nutridos e devolvidos à natureza. Como não conseguem alimentar-se sozinhos, voluntários se dividem em três horários (8h, 13h e 17h), todos os dias, para ajudar os profissionais do órgão dando comida aos animais.

Fonte: Pernambuco.com

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