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Vigília em frente a matadouro contra a extração de peles de chinchilas em SP

1 de outubro de 2011
2 min. de leitura
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Christiani Verardo
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No dia 23 de setembro, sábado, fizemos mais uma visita ao Sr. Carlos Perez, dono de um criadouro/abatedouro de chinchilas em Itapecerica da Serra (SP). Passamos a noite acampados no portão do matadouro com faixas, bandeiras e velas acesas com uma temperatura de 2 graus na madrugada e muita garoa.

Ele é presidente de uma associação que é responsável pela venda de peles de animais abatidos sem o menor critério e vem sempre à mídia se vangloriar disto. No Brasil, por instruções normativas que sobrepõe às leis esta atividade é legal e está fazendo do Brasil um grande exportador de peles, sendo que grande parte da produção vai para a China.

Como sabemos, a extração da pele do animal não tem nenhuma ética e este senhor já declarou isto na imprensa. “Não tenho tempo para anestesias. Chego a matar 200 por dia” é o que ele declara. Na manhã de domingo, fomos abordados por um vizinho que nos disse que: “Se estes protestos continuarem, estaremos prejudicando as criancinhas da Dinamarca e do Japão. Elas precisam das peles das chinchilas para se protegerem do frio intenso. Se não usarem perderão as orelhas e as pontas dos dedos”.

É assim que este senhor justifica o que faz. Espalhando mentiras. Isto nada tem a ver com a realidade. Suas peles são destinadas a mercados onde o que vale é o dinheiro e a vaidade. Consumidoras fúteis e sem nenhuma consciência do sofrimento do animal.

Cansamos disto. As leis visando eliminar isto do Brasil estão bem encaminhadas. Apoiamos sempre.

Nós ativistas decidimos mostrar à sociedade como isto funciona. Dentro da cidade de Itapecerica da Serra ninguém tem conhecimento deste fato. Conseguimos a instauração de um Boletim de Ocorrência contra Carlos Perez por maus-tratos, o que segundo a Polícia e o CCZ nada foi constatado. Porém, como ele enterra as carcaças dos animais no terreno, e fica dentro da cidade de Itapecerica da Serra, foi pedido um laudo para verificação de contaminação do solo à CETESB. Estamos aguardando que fique pronto.

No dia 8 de outubro, sábado, voltaremos ao local. Faremos isto sistematicamente. Não concordamos com leis ou normas que digam que um animal criado em uma gaiola de 30 x 30cm, sem contato com outros animais, criados exclusivamente para fins de extração de suas peles, em ambientes onde nunca vêem a luz do sol estejam bem tratados.

Se tratam esta atividade como legal, nós a consideramos imoral. Lutaremos até que isto acabe em todo o Brasil. Não precisamos de mais um índice vermelho por aqui.

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