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Os rodeios e o dominó

20 de setembro de 2011
2 min. de leitura
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Foto: Divulgação

No último dia 06 de setembro, caiu mais uma pedra do dominó que deverá abolir os rodeios no Brasil.

Em Araraquara, pelo voto de todos os parlamentares do município, a Câmara de vereadores aprovou uma lei que proíbe rodeios, vaquejadas, touradas e similares.

O resultado foi fruto de mais de um ano de intensos debates e embates entre os defensores das provas de rodeio e os grupos de defensores dos animais.

Três dias após a aprovação do projeto de lei, o prefeito sancionou a lei.

Vereadores de Jaboticabal, de Atibaia e São Carlos já entraram em contato com os edis de Araraquara buscando informações sobre a propositura.

Em Sorocaba, também conseguimos a proibição através de lei.

Em dezembro fará dois anos que, depois de um intenso movimento denominado Sorocaba Sem Rodeio, conseguimos esse feito. Além de Sorocaba e, agora, Araraquara, segundo matéria jornalística da revista Carta Capital, Rio de Janeiro, São Paulo, Guarulhos, Jundiaí e Mogi das Cruzes também proibiram os rodeios através de legislação municipal. Outras cidades, como Bauru, Ribeirão Preto, Cravinhos e Ribeirão Bonito, conseguiram esta vitória por decisão judicial.

Essas sucessivas quedas das pedras deste jogo de dominó da crueldade são as responsáveis pelas mudanças de paradigmas relacionadas com os Direitos dos Animais.

Tudo caminha, ainda, lentamente, mas os ventos sopram favoravelmente em relação à causa.

Sou muito otimista, principalmente, quando me lembro da proibição de animais em circos que teve início em Sorocaba, há mais de dez anos. Depois desta mesma atitude ter sido adotada por centenas de cidades e vários Estados brasileiros, a proibição está prestes a se estender por todo o país, por força de legislação federal.

…mas, é sempre bom lembrar que a realidade é um pouco diferente da queda das peças de um dominó, onde basta empurrar o primeiro. A tendência, de fato existe, porém, é preciso que continuemos empurrando peça por peça até que a energia seja suficiente para desmoronar todas as demais.

Enquanto não cair a última peça, a cada rodeio que acontece, os animais continuam sendo torturados e, muitas vezes, mortos, apenas, para o divertimento de poucos.

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