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Enquanto milhares de animais aguardam adoção, Itália vive boom de compra de animais pela internet

23 de setembro de 2011
2 min. de leitura
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Por Natalia Cesana  (da Redação)

Foto: Reprodução/Il Vostro Giornale

Uma nova tendência cruel está em voga na Itália: a aquisição online e à prestação de filhotes, quase como se fossem objetos. A denúncia foi feita à Prefeitura de Genova, mas é uma prática que parece não ter fronteiras, segundo informações do jornal italiano Il Vostro Giornale.

“O problema é real, porque a internet está na casa de todas as pessoas e muitas se deixam atrair pelo fato de adquirir”, explica Edgar Meyer, assessor da Associação pelo Bem-Estar Animal de Genova. “Se trata de uma escolha totalmente errônea porque pode ser um golpe e, sobretudo, porque não é possível comprar cães e gatos como se fossem um par de calças”.

Meyer diz ainda que optar por acolher um animal é uma escolha que deve ser pensada de forma responsável. “Não é possível passar em frente a uma loja e comprar um filhote baseando-se no impulso do momento. Muito menos se deve optar pela compra”.

Com todos os cães e gatos que estão em abrigos, parece absurdo que alguém escolha fazer uma dívida apenas para ter um animal com pedigree. Este é o caso de quem, vítima da crise econômica que assola a Itália, prefere comprar em prestação o próprio amigo de quatro patas.

A tendência existe também entre criadores, mas a maior parte deles se opõe a parcelar o pagamento, principalmente quando se refere a um cachorro de grande porte. Eles têm medo que, no futuro, o tutor não consiga manter o filhote.

“Cães e gatos não são objetos, são seres vivos. Portanto, não podemos nos comportar como se estivéssemos comprando uma casa ou um carro”, prossegue Edgar Meyer. “Além disso, é uma escolha incompreensível visto que nos canis e nos gatis existem animais de todos os tipos esperando um tutor amoroso.”

Meyer dá como exemplo o canil de Montecontessa, em Genova, ou o gatil Amigo Gato, na mesma região. “Lá é possível encontrar tantos amigos de quatro patas e, com ajuda dos voluntários, aquele mais adequado às características do tutor ou ao espaço em que morará”, conclui o assessor.

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