EnglishEspañolPortuguês

África do Sul quer tirar chifres de rinocerontes para impedir caça

7 de setembro de 2011
2 min. de leitura
A-
A+

A situação dos rinocerontes da África do Sul está crítica. O animal sofre ameaça de extinção, mas pode ser caçado legalmente em algumas regiões do país com uma licença que equivale a, apenas, R$ 11. Sem falar na prática da caça em locais em que é pribida, que vem se intensificando e aprimorando com o passar dos anos – e o aumento do preço do chifre do animal no mercado negro.

Para combater a prática, o governo sul-africano chegou a mobilizar seu exército, no final de abril, para proteger os rinocerontes do Parque Nacional Kruger, que fica no nordeste do país, na fronteira com Moçambique. Apesar de a medida ter freado a morte dos animais, o governo considera tomar uma ação um tanto quanto polêmica: retirar os chifres de todos rinocerontes – essa parte do corpo do animal é o principal alvo das caças.

Foto: Pedro Rubens/ PS

Os chifres são usados para finalidades medicinais na Ásia, mesmo que essa função não seja comprovada cientificamente. Acredita-se que o pó do chifre de rinoceronte possa curar doenças como febre, pressão alta e, até, ajudar no tratamento do câncer. Por causa dessa crença, o animal entrou para a lista de extinção. Hoje restam apenas 4.838 rinocerontes negros e 17.480 brancos em estado selvagem no mundo, segundo dados da União Internacional para a Conservação da Natureza.

Assim, arrancar o chifre dos animais seria uma forma de repelir os caçadores. O governo sul-africano diz que consultará veterinários e especialistas antes de tomar essa decisão, para saber se causaria mudanças negativas nas populações de rinocerontes, como uma alteração no comportamento. Outra medida considerada é acabar com as licenças de caça como esporte – no ano passado foram concedidas a 129 pessoas e nesse ano a 143 caçadores – e proibir a matança dos animais definitivamente. Mas isso deve demorar pelo menos um ano, como declarou a ministra do Meio Ambiente ao jornal local Times Live.

Fonte: Planeta Sustentável

Você viu?

Ir para o topo