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Campanha de vacinação para cães e gatos ainda sem data prevista

26 de agosto de 2011
3 min. de leitura
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O governo federal suspendeu recentemente as campanhas de vacinação de animais devido a problemas de logística que comprometeram a qualidade das doses. O problema ocorreu em 2010, quando as doses provocaram mais de 2 mil registros de reações adversas em cães e gatos que haviam sido imunizados. Neste ano, houve a mudança de laboratório e muita cautela do ministério da Saúde que ainda não deu uma previsão de quando vai ocorrer a campanha.

Com a falta desta oferta gratuita, os donos de cães e gatos acabam se descuidando de fazer a imunização dos animais contra doenças graves, principalmente contra a raiva. É importante saber que existem vacinas que devem ser aplicadas anualmente nestes animais, desde filhotes, para garantir a saúde deles e das pessoas.

O veterinário Reginaldo Lamenza alerta que há uma série de problemas que podem surgir caso não sejam cumpridas as etapas de imunização da vida dos animais e na falta da gratuidade, deve-se procurar a clínica de um especialista.

“Tem que procurar uma clinica-veterinária, um hospital-veterinário ou a faculdade veterinária que dispõe dessas vacinas, principalmente a da raiva que é obrigatória. Se você tiver um cachorro que morde alguém ou arranhe, é preciso ter o cartão de vacinas em dia, isso vai evitar contratempos. Pode virar até caso de polícia e gerar alguma confusão e acontece. Quem é mordido tem que ir a um posto e tomar uma série de vacinas anti-rábicas, anti-tetânicas, mas se o animal já tiver sido vacinado, já está sobre controle”, disse o Dr. Reginaldo.

O Doutor Reginaldo afirmou que o governo precisa retornar com a campanha para atender quem vive em comunidades pobres e não tem condições de pagar pela vacina. Além da raiva, há também outras doenças que podem prejudicar a saúde de animais e das pessoas: “Existem doenças dos animais transmissíveis ao ser humano, chamadas zoonoses, como a leptospirose que é a doença do rato. Teresópolis tem uma população de ratos imensa, porque eles proliferam muito. Ele transmite a doença através da urina, quando o cão bebe água ou se alimenta com contaminados, ele vai pegar essa doença e pode ser transmitida ao ser humanos pela urina do cão e também do rato.

É importante também prezar pela higiene, não deixando que os animais lambam o rosto, pois há o risco de se contrair uma verminose séria, principalmente em relação aos gatos, e ainda se preocupar com a vermifugação dos animais. Os cuidados começam desde os primeiros dias: “O esquema de vacinação começa desde o cachorrinho novo, aos 45 dias toma-se a vacina chamada óctupla, contra cinomose, parvovirose que causa enterite hemorrágica, a coronaviroese e os tipos de leptospirose, fora a gripe canina que também tem a vacina. O gato difere um pouco do cão, as doenças são em menor quantidade: tem a anti-rábica e a tríplice felina. O gato não pega a leptospirose, é uma coisa da natureza”, explicou o veterinário.

A vacina pode ser adquirida e aplicada em clínicas veterinárias convencionais ou na clínica-escola vinculada ao curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário Serra dos Órgãos (UNIFESO). O atendimento é de segunda a sábado, no Campus Quinta do Paraíso (Estrada da Prata, s/n).

Fonte: Diário de Teresópolis

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