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A dupla tragédia de Ariel

2 de agosto de 2011
2 min. de leitura
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Quem não se emocionou com a situação de Ariel não deve ter coração. Foi muito triste ver o grande leão sendo paralisado progressivamente por uma doença degenerativa até a morte por insuficiência respiratória. Seu fim foi amplamente divulgado pelas diversas mídias.

Ariel foi um símbolo de caridade humana? Vítima de exploração? Não sou eu quem vai julgar. Mas acho que sua história trás uma tragédia por trás da tragédia aparente.

Foto: Divulgação

O que estava fazendo Ariel no canil de um sítio, junto com um tigre? Quantos leões vivem hoje enjaulados em fazendas para o orgulho cruel de seus tutores? Quantos ainda vivem sus vidas de horror em jaulas de circo?

Lugar de leão não é em canil. Leões, tigres, onças, macacos, aves existem para viver em espaços abertos, grandes, onde possam circular com liberdade. O Ibama informou esta semana que existem 100 leões e 20 ursos que não têm para onde ir. Dois desses leões foram para o já lotado Rancho dos Gnomos, um sítio transformado em santuário para animais abandonados especialmente em jaulas de circos.

Eu acho que esses animais precisam de terra espaçosa (isolada por cercas) para que vivam o resto de suas vidas com a dignidade que lhes foi negada. Terra de verdade, enormes santuários onde possam circular sem a ameaça do homem. Lugares onde possam ter uma tarde em paz sob o sol com água fresca e comida garantidas. Uma aposentadoria oficial paga por nossos impostos, que todos os dias entregamos para essas intermináveis quadrilhas de corruptos.

Se pudesse destinar o que pago de impostos, eu diria: comprem terras, terras aos montes, e as entreguem para os animais que precisam delas. É uma pequena compensação para milênios de barbárie e crueldade.

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